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Tradução: lirou | Revisão: Pandine
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Capítulo 48: Outra rota (III)
“Cinquenta moedas de cobre, por favor. Obrigado pela preferência!”
Segurando uma caneca de madeira cheia de suco, Yvonne saiu da horda de pessoas com alguma dificuldade.
Já fazia um tempo que ela não experimentava algo tão sufocante quanto a corrida do metrô às 8h.
“Há tantas pessoas aqui…”
O sol já havia se posto. À medida que o Festival da Devoção entrava em seu palco noturno, as multidões barulhentas não apenas não diminuíam, mas na verdade ficavam ainda mais barulhentas.
Yvonne pensou que Elsa poderia estar ficando preocupada por ter passado tanto tempo na fila. Ela tinha que voltar correndo agora-
No entanto, no segundo em que Yvonne se virou, ela congelou no lugar ao ver uma figura familiar entre o fluxo de pessoas.
Um manto escuro cobria todo o seu corpo. Seus passos eram impassíveis, como se não houvesse nada diante dela. Apesar de caminhar por uma rua tão movimentada, ela ainda parecia estar se movendo por outra dimensão, como se não pertencesse a este mundo.
“Garotinha, você pode ficar com isso!”
“Hã? O-obrigada?”
Yvonne colocou o suco nas mãos de uma garotinha no final da fila e correu para alcançá-la.
“Ei, espere! Pare aí mesmo!”
A mulher sábia encapuzada fez uma pausa. Ela sorriu misteriosamente na direção de Yvonne e continuou se afastando.
Yvonne não iria deixá-la escapar pela segunda vez!
O sistema, a verdade sobre este mundo… Ela definitivamente sabia de alguma coisa!
“Eu disse para você esperar!!!”
Reunindo toda a sua energia, Yvonne correu e pegou a mulher pelo pulso.
“Agarrar uma mulher assim não é como uma senhorita deveria agir, jovenzinha.”
“Q-Quem se importa!? Tenho um monte de perguntas para você! O antídoto foi absolutamente inútil e o que você estava tentando dizer da última vez?! O que você sabe?! Quem diabos é você-”
“O Festival da Devoção só é realizado uma vez por ano.”
A mulher sombria não respondeu diretamente a nenhuma das perguntas rápidas de Yvonne. Ela simplesmente olhou calmamente para onde Yvonne a tinha agarrado, com um leve desapego em seu tom provocador. “Todos escolhem passar este feriado importante com as pessoas que se importam. Você não tem um encontro importante para ir também? Você realmente deveria abandoná-la?”
“…”
Yvonne ficou em silêncio, lembrando-se da animação nos olhos de Elsa.
Depois de hesitar alguns segundos, ela ainda optou por continuar segurando a mulher.
“Eu só… quero saber a verdade.”
Houve um suspiro silencioso.
“Então vamos para outro lugar para conversar.”
▲
As duas acabaram em um café tranquilo em uma esquina.
Os arredores estavam em silêncio. Os sons da procissão de pessoas, passos, conversas… eram inexistentes. Este parecia ser o único lugar que não havia sido infectado pela atmosfera festiva lá fora.
“Por favor, fique com isso.” A sábia encapuzada colocou uma xícara de chá na frente de Yvonne. “Este lugar faz um bom chá de ervas.”
“Agora é realmente o momento para um chá?”
Sentada à sua frente, Yvonne batia impacientemente com os dedos na mesa.
Ela obviamente queria voltar o mais rápido possível. Se ela conseguisse extrair algo útil da mulher dentro de uma hora, então ela conseguiria voltar a tempo de assistir à segunda metade do show com Elsa.
“Eu não vou falar até você beber.”
“…”
Um forte cheiro de ervas saudou Yvonne quando ela ergueu a xícara.
… A mulher definitivamente colocou algo em seu chá.
Glug, glug.
Yvonne bebeu tudo de um só gole.
Ela estava em desvantagem desde o início. Ela precisava de mais informações para lutar contra as regras do sistema.
E esta mulher era o avanço que ela precisava.
Ela não podia perder essa chance inestimável.
Plack!
“Agora você pode conversar, certo?”
Yvonne colocou a xícara de chá com força de volta na base para copos.
“Hehe… Fico feliz que você confie em mim. Você não tem medo de que eu possa ter te envenenado?”
Isso assustou Yvonne e ela começou a tossir, quase derrubando a xícara.
“*Cof, cof, cof…!* Você não fez isso, fez?!”
A mulher encapuzada sorriu ainda mais ao ver Yvonne em pânico. Ela ergueu sua própria xícara de chá e tomou um gole antes de continuar vagarosamente: “Você deveria me agradecer. Coloquei os mesmos ingredientes do antídoto da última vez.”
“Você está tentando me enganar, certo?! Esse antídoto foi inútil!”
Yvonne pensou que seria enganada novamente, mas desta vez a sábia deu uma resposta que ela nunca esperava.
“Bom, é claro que não ia adiantar nada. Porque aquele remédio não era realmente um antídoto.” A mulher sábia sorriu misteriosamente ao ver a raiva crescendo rapidamente na expressão de Yvonne. “Era composto de pétalas de amor-perfeito, seiva de chá de vento, raiz de videira sugadora de sangue, esporo de cogumelo chacha-”
Tendo estudado farmacologia sozinha fora da escola, Yvonne logo entendeu.
“Estes são ingredientes estabilizadores?”
“Sim, está certo. Eu lhe dei uma droga estabilizadora que poderia sustentar o sangue demoníaco que você absorveu.”
“!!!”
Estabilizar o sangue demoníaco. O que significava que ela estava tentando manter Yvonne como uma súcubo?
“O que você está tentando fazer comigo?!”
“Ok, ok, não fique tão chateada…” A mulher encapuzada tentou acalmar Yvonne. “Não tenha a ideia errada. Estou ajudando você.”
“… Me ajudando?” Yvonne só se sentia mais perdida com o que estava acontecendo.
“Basta pensar sobre isso. Se alguém que sempre foi considerado um NPC antagonista se tornasse temporariamente um demônio, um monstro selvagem que tivesse até uma barra de HP, ao beber uma poção, algumas restrições que foram impostas aos antagonistas seriam suspensas, certo?”
“…”
Yvonne ficou boquiaberta.
Como para explicar mais rápido, a mulher mais uma vez usou termos que só alguém de outro mundo como Yvonne entenderia.
“Nesse caso, eu poderia simplesmente me tornar um demônio e então eu…”
Yvonne estava entusiasmada. Ela imediatamente entendeu o motivo do Sistema de Vilania desaparecer repentinamente.
Ela estaria completamente livre do sistema contanto que encontrasse uma maneira de se tornar um demônio?!
“Isso não vai funcionar.” A mulher encapuzada balançou a cabeça, frustrando as esperanças de Yvonne. “Esse método aproveita uma falha no jogo. É uma exploração, na melhor das hipóteses. No momento em que o efeito da poção terminar, aquela coisa voltará imediatamente.”
“…”
Bom, Yvonne imaginou que nunca seria tão fácil…
Era informação demais. Yvonne colocou a mão na testa. Era vertiginoso o quanto ela aprendeu de uma vez.
“… Quem é você? Por que você sabe de tudo isso?”
“Heh, estou feliz que você tenha se interessado em mim, mas infelizmente não posso dizer quem realmente sou agora.” A mulher diante dela continuou a dar aquele pequeno meio sorriso. “Há uma razão pela qual não posso te contar. Eu não sou onipotente. Eu também seria punida. Isso faz sentido para você, certo?
‘Punida’…
Então isso significava que ela também estava restringida por essas regras?
“No entanto, posso lhe dizer uma coisa.” A mulher se levantou, seu sorriso visível por dentro do capuz. “Neste mundo, sou um ser conhecido por ser uma Bruxa.”
“Uma bruxa…?”
Yvonne tinha mais perguntas, mas estava começando a se sentir tonta.
Finalmente percebendo que algo estava errado, ela lutou para ficar de pé com os braços apoiados na mesa, fazendo o possível para não desmaiar.
“O que… O que mais você colocou no meu chá?!”
“Apenas algumas coisas que deixam as pessoas com sono. Parece que está começando a fazer efeito.”
A xícara de chá de Yvonne estava começando a distorcer e o teto e o chão se moviam.
“O efeito da poção durará apenas mais um dia, no máximo. Você está quase sem tempo.”
Yvonne lutou para se levantar, agitando os braços, mas seu corpo parecia lama, sem qualquer força.
“Como punição por abandonar seu encontro no meio do caminho, tire uma soneca aqui.”
Na escuridão, Yvonne sentiu uma mão gelada repousar levemente na frente de sua cabeça. O ar de distanciamento zombeteiro da bruxa também ficou mais gentil.
“Isso é tudo que posso fazer por você.”
“Não se deixe limitar por essas restrições… Você tem o poder de mudar isso… Você é a única que pode fazer isso.”
… Do que ela estava falando…?
Como eu deveria mudar as coisas?
Não fazia sentido. Ela poderia explicar mais…?
Yvonne não entendeu. Ela tentou pensar nisso, mas já estava perdendo a consciência.
…
… …
… … …
“Olá? Olá, por favor, acorde. Acorde agora.”
Ela não sabia quanto tempo fazia. Uma garçonete usando avental a despertou de onde ela estava desmaiada na mesa.
“Ah…”
Yvonne lutou para se levantar, com os ouvidos zumbindo.
O restaurante não estava mais tão silencioso como antes. Era como sair de casa depois de estar em uma sala isolada, com sons perdidos voltando à existência.
“Hm… Eu vi que você estava dormindo um pouco. Você está bem?”
“… Estou bem.” O assento do outro lado da mesa estava vazio. Yvonne cerrou os punhos. Ela procurou no local, mas, infelizmente, não havia mais ninguém na cafeteria vazia.
Ela a deixou escapar novamente!
“Espera, deixa para lá… Que horas são?” Yvonne correu para perguntar à garçonete, entrou em pânico depois de olhar pela janela e ver a lua pairando alto no céu escuro como breu.
“Já é tarde da noite, senhorita. Estamos quase fechando… Senhorita?”
Yvonne saiu correndo pela porta.
Sendo tão tarde, isso significava…
Isso significava…
Ela havia quebrado sua promessa.
Yvonne ofegou, respirando fundo o ar úmido da noite.
As ruas em ambos os lados rapidamente se afastavam atrás dela.
Ao seu redor, grupos felizes de pessoas voltavam para casa após a apresentação.
Yvonne havia prometido a ela-
Ela estava claramente ansiosa por isso, mas Yvonne tinha-
Finalmente, Yvonne chegou ao palco ao ar livre, ofegante.
Os trabalhadores do festival já estavam desmontando o palco temporário.
O local, que estava lotado como uma lata de sardinha, agora estava vazio.
A apresentação acabou…
A Elsa já voltou?
Yvonne procurou ansiosamente por sua figura familiar.
Ela esperava que Elsa já tivesse ido embora. Estaria tudo bem se Elsa estivesse furiosa com ela e tivessem uma grande briga quando Yvonne voltasse. Yvonne também esperava que Elsa já estivesse de volta ao convento, sentada na cama e desabafando com raiva para as crianças sobre ter sido abandonada.
Ah…
Uma luz dispersa na escuridão penetrou em sua visão.
Em um canto do local, Yvonne viu o desfecho mais desolador que poderia ter acontecido.
Segurando um buquê com as duas mãos, uma garota que parecia quase insubstancial ainda estava exatamente onde Yvonne a havia deixado, esperando por ela.
“Evie, você voltou.”
Yvonne não sabia como conseguiu ficar na frente de Elsa.
Ela nem sabia o que dizer. Qualquer tentativa de fazê-la se sentir melhor só soaria como se Yvonne estivesse dando desculpas para si mesma.
“As luzes realmente estavam lindas, assim como estavam há dez anos.”
“Você sabia, Evie? Fiz um desejo na primeira vez que vi aquela magia deslumbrante.”
“Esperava que chegasse o dia em que eu pudesse vê-la novamente com a pessoa que eu gosto, para que pudéssemos testemunhar isso juntas.”
“Mas agora…”
Elsa parecia cada vez mais emocionada enquanto falava.
Seu desejo deu em nada mais uma vez.
Yvonne tentou pensar em algo para dizer, mas só conseguiu pensar em duas palavras pesadas no final.
“… Me desculpe.”
“Você não precisa se desculpar. Não é sua culpa, Evie.” Elsa forçou um sorriso. “Nosso encontro de hoje foi um pedido egoísta e unilateral da minha parte… É mais do que suficiente para mim que você já tenha passado tanto tempo comigo.”
Ela estava tentando furiosamente manter a voz firme por trás daquelas palavras calmas.
Yvonne preferiria que ela tivesse chorado e gritado ou até mesmo descontado sua raiva nela com alguns raios mágicos no rosto. Ela não queria ver Elsa assim, magoada e fingindo um sorriso para superar isso.
“Na verdade, eu vi acidentalmente.”
Os ombros de Yvonne estremeceram ligeiramente.
“V-viu o quê…?”
“Você e a… acho que deve ter sido a alquimista que você mencionou antes? Eu acidentalmente vi vocês duas indo para outro lugar.”
Então ela sabia.
“Deve haver algum motivo para isso e para você não poder me contar, certo?”
O buquê em suas mãos tremia.
“Caso contrário, você não… teria simplesmente esquecido uma promessa que tinha feito…”
O tremor em sua voz foi gradualmente se transformando em soluço.
“Antes, eu pensava que poderia apenas continuar esperando assim… Mas quando penso que não há como saber por quanto tempo vou ficar esperando, isso me faz sentir tão solitária que não consigo suportar!”
Elsa se jogou sobre Yvonne e a abraçou.
“Eu gosto de você, Evie!”
“Posso já ter dito isso várias vezes, mas ainda quero dizer que gosto de você.”
“Não como uma amiga, mas no sentido de querer andar de mãos dadas, te beijar, te abraçar… e ter intimidade física com você.”
“Me desculpe… eu sei que isso deve ser estranho, certo?
“Nós duas somos meninas, então meus sentimentos não devem fazer sentido para você.”
“Mas… eu realmente não aguento mais. Eu não quero ficar esperando!”
“Você é capaz de aceitar meus sentimentos, Evie?”
Diante da sincera manifestação de sentimentos de Elsa, Yvonne ficou em silêncio.
“Está tudo bem, mesmo que você não dê uma resposta…”
Seu amor poderia ser tão forte e avassalador quanto um vendaval tempestuoso e, no segundo seguinte, também podia se tornar tão pequeno quanto partículas de poeira que se multiplicavam e se acumulavam ao longo do tempo.
“Estou pedindo demais. Eu não deveria ser tão gananciosa. Já tenho muita sorte por você estar disposta a ficar comigo.”
Elsa se virou e enxugou furtivamente as lágrimas. Com os olhos vermelhos, ela parecia novamente despreocupada e normal.
“Desculpe, eu te assustei? Você pode simplesmente esquecer tudo isso se for demais para lidar… Está ficando bem frio à noite. Vamos para casa agora. Tenho que preservar as flores que você me deu. Talvez em um lindo vaso…”
“… Hã?”
Yvonne agarrou o braço de Elsa. Quando ela olhou para trás, viu determinação em seus olhos.
“Eu não disse que não iria te dar uma resposta…”
“Você mencionou querer me beijar agora há pouco… Não é?”
Os olhos de Elsa se arregalaram em descrença.
“… Eu- o quê???”
Como as coisas estavam indo, Yvonne teve que confessar, mesmo que estivesse envergonhada.
“Na verdade, eu também quero te beijar… Pode-se dizer que até pensar nisso tem me atormentado por muito tempo.”
“…..”
Cada frase que saía da boca de Yvonne era mais chocante que a anterior.
Os olhos de Elsa estavam arregalados e ela estava pensando em se beliscar para ver se isso era um sonho.
“Ah! E-Entendi… Deve ter sido por causa daquela poção, certo? Porque você bebeu aquilo… então é por isso-”
“Não, não é! Não tem nenhuma relação com a poção!” Yvonne negou veementemente. Ela sabia exatamente o que estava fazendo.
Isso não teve nada a ver com a poção. O que ela estava dizendo veio dos sentimentos que há muito estavam enterrados no fundo do seu coração.
“Mesmo antes disso, eu até sonhava em beijar você.”
“Espera um minuto- Espera… E-Então isso significa…”
O raciocínio de Elsa parecia ainda estar se atualizando enquanto ela se mostrava atordoada. Isso deixou Yvonne ansiosa, e ela instintivamente estendeu a mão para segurar Elsa pelos ombros. Levantando a voz, ela disse: “Então! O que estou tentando dizer é! Eu também gosto de você! Isso… Isso é o que significa, está bem?”
Será que ela simplesmente não entenderia, a menos que Yvonne dissesse em voz alta?
Não…
Talvez fosse mais correto dizer que Yvonne era a idiota desajeitada.
É claro que ela tinha que comunicar claramente seus sentimentos.
“O-Ok, então você também quer, certo? Então venha aqui e feche os olhos!”
“Ah, você é tão irracional às vezes, Evie! E não há algo estranho na ordem em que estamos fazendo as coisas?!”
Yvonne queria ser mais firme, mas quando viu os olhos úmidos e os cílios trêmulos de Elsa, ela automaticamente começou a falar com mais gentileza.
“Venha agora. Estou… muito envergonhada também…”
Elsa concentrou-se nela. No silêncio, apenas os sons de suas respirações e batimentos cardíacos permaneceram.
Yvonne disse que estava envergonhada, mas ao contrário do normal, desta vez ela não desviou o olhar. Seus olhos se fixaram diretamente em Elsa.
“… Você quer isso, não quer? Então não diga mais nada.”
Ela percebeu que Yvonne queria dizer isso de forma mais autoritária, mas no final, ela soou incrivelmente gentil para Elsa.
… Ela realmente não estava sonhando?
Ela poderia realmente… ter permissão para essa felicidade?
No entanto, à medida que a mão de Yvonne deslizou pelo seu pescoço e ela passou a segurar o rosto de Elsa, finalmente caiu a ficha para Elsa – tudo o que estava acontecendo era real.
Enquanto tentava desacelerar as batidas em seu peito, Elsa prendeu a respiração.
Ela estava pronta para aceitar o presente de Yvonne, um presente de alguém ao mesmo tempo difícil e gentil.
A distância entre seus lábios trêmulos rapidamente diminuiu-
E então finalmente se uniram.
Todo esse tempo, ela esteve obcecada por aquelas coisas estúpidas e aleatórias. Ela egoisticamente queria manter as coisas como estavam, mas nunca pensou em considerar o quão cruel sua hesitação era para Elsa…
Depois de se tornar a Vilã, ela só conseguia se apresentar de forma inepta em seu palco pré-determinado, não importava o quanto ela lutasse, vivendo como se estivesse à beira da morte…
E ainda assim, apesar de tudo, Elsa a tinha escolhido.
A heroína poderia escolher livremente entre as mais de cinquenta rotas de romance no jogo.
Apenas a rota bizarra e impensável de “Vilã x Heroína” não existia entre elas.
Mas, e daí?
“Elsa, eu gosto de você.”
Ela abriria uma nova rota que não existia atualmente.