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Tradução: Riza | Revisão: Pandine
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Bastidores [Khun Sam] (Parte 1)
Toda a saudade que estava sentindo nestes dois meses acaba hoje…
Quando chegamos em casa, carrego minha amada escada acima e a jogo sobre a cama para saborear cada centímetro do seu corpo. No caso da Mon, ela é do tipo de garota fácil de controlar. Ela sabe o que fazer no momento certo. A garota com lábios em formato de coração sabe executar seu trabalho com maestria.
“Khun Sam, sem pressa. Temos a noite toda juntas.”
“Não estou com pressa, mas estou perdendo a paciência.”
“Você não está mais fazendo rodeios.”
A pequena garota ri enquanto me beija. Estamos trocando muitos sentimentos através dos lábios, língua e pelo toque de nossas mãos por todo o corpo.
“Eu senti muito a sua falta, Khun Sam.”
“Eu sei, está demonstrando quando te toco.” Sorrio quando meu dedo a toca em um ponto importante e sinto o quanto o seu corpo está me ansiando. Não sentimos mais vergonha. E se tivermos medo, é apenas fome de fazer amor.
“Não me provoque, Khun Sam. Você me fez ser assim.”
A pequena garota cobre o rosto com as mãos. Rio antes de tirar sua mão do rosto e beijá-la carinhosamente.
“Você me fez ser assim. Por onde devo começar?”
“Por onde quiser.”
“Você vai ser uma garota sexy?” Encaro minha garota e me inclino para beijar seu pescoço com meus lábios. Minha língua a lambe suavemente.
“E você será uma garota fogosa?”
… Sim. Antes, eu nunca pensei que poderia ser assim, até ela entrar na minha vida…
De volta às memórias de quando era jovem. Hum… quanto tempo faz? Foi há mais de vinte anos. Estou crescida agora… Desde que me lembro, meus pais não estão comigo.
***
“A partir de agora, sua criança ficará aos meus cuidados.”
Vovó é a primeira memória que tenho. A senhora de meia idade, que não era tão velha quanto agora, vestindo um terno preto de luto. Seus olhos eram brilhantes e poderosos. Fui atenciosa com ela desde que a vi, mas estava de cabeça baixa. Então, ela apertou minhas bochechas me fazendo olhar para ela.
“Khun Sam, você é tão linda.”
O sorriso desta senhora determinada me anima. Vovó, a primeira pessoa que amei. Me levanto e a abraço após seu elogio. A gentileza em seus olhos me fez sentir privilegiada. Deve ser porque eu era sua neta mais nova. Então ela não era rígida comigo.
Por outro lado, com minha irmã mais velha, Khun Nueng, ela era bem mais rigorosa. Pelo que me lembro, a vovó sempre olhava o dever de casa dela. Se ela errasse alguma coisa, apanhava. A vida dela era praticamente ser perfeita nos estudos e no comportamento. Ela era sem vida.
Mas… ela ainda continuava sorrindo, mesmo estando estressada e destruída por dentro.
“Khun Nueng, você sorri o tempo todo. Está feliz?”
Perguntei a ela enquanto praticava piano sozinha na sala. Não tinha ninguém perto, mas ela continuava praticando.
“Sorrir não significa que estou feliz.”
“Mas você está sorrindo.”
“Estava treinando meus músculos.” Khun Nueng para de tocar e me olha friamente. “Li em vários livros sobre o controle dos músculos pelo inconsciente. Se sorrimos, nosso corpo vai acreditar que estamos felizes.”
“Quê?”
“Sim, mesmo estando estressada. Vou tentar sempre sorrir. E quando sorrio muito, significa que estou muito estressada. Você deveria pôr isso em prática.”
“Então quando estivermos felizes de verdade podemos sorrir?”
“Não demonstre nada, não os deixe saber.”
“Ahh, por quê?”
“Sorrir é para os fracos. Se não quiser ser um, não sorria.”
“É difícil.”
“Você deveria praticar. Se conseguir ler a mente dos outros, ficará um passo à frente. Agora… Vovó não consegue ler minha mente e nem eu a dela.”
Khun Nueng sorri enquanto pratica piano comigo. Guardo tudo o que ela disse para aplicar.
‘Se estiver feliz, não os deixe saber.’
‘Se você está arrependida, sorria para eles.’
A vida é complicada…
***
Me transformei nessa pessoa antes mesmo que percebesse. Na escola, raramente tinha amigas. Achava que era por causa do meu título de Mhom Laung [M. L.]. Algumas achavam que eu tinha grandes laços com a família real. Mas era apenas um título. E eu estava longe da família real na minha linhagem.
- L. é uma pessoa comum, ao menos era o que eu tentava dizer a elas. Mas poucas delas aceitavam serem minhas amigas. Amigas… que minha avó não gostava nem um pouco.
“Classe baixa e rude. Khun Sam deveria ficar longe delas. Elas são má influência.”
Foi o que ela me ensinou. Primeiro, eu a ouvia, até a Khun Nueng dizer o oposto.
“Não se afaste delas, Khun Sam. Você precisa ter amigas.”
Como eu também queria ter amigas, desobedeci às ordens da minha avó. Foi a primeira vez que fui persistente, mas não disse a ela. Ela entendeu que eu me afastei delas. Mas na verdade, fomos amigas até me graduar.
Primeira vez que resisti a ela… teve um gostinho especial.
Se eu era resistente, outra pessoa era mais ainda… Khun Nueng, a obra-prima da vovó, se tornou rebelde. Ela decidiu cortar os laços com nossa avó após ser forçada a se casar às cegas com o filho de um ministro.
“Você não vai me obrigar. Se você quiser, case-se com ele, não eu.”
Khun Nueng foi embora do palácio alegremente, estava sorrindo de orelha a orelha. Tudo que me lembro é de ter corrido em direção a ela para pará-la e curiosamente a vi sorrir.
“Khun Nueng está sorrindo, significa que está estressada. Você não quer ofender a vovó, né? Então por que vai embora?”
“Não, não, pelo contrário, estou feliz por ir embora…. Hoje, estou satisfeita com o que fiz.” Khun Nueng olha para a vovó, que a continua encarando. “O dia que mais te desapontou.”
“Khun Nueng…”
“Khun Song será a próxima. Você precisa ser forte, irmãzinha. Precisará enxergar com os próprios olhos.”
E minha irmã mais velha se foi sem olhar para trás.
Como Khun Nueng disse, a vovó tinha uma nova obra-prima. Khun Song se tornou sua nova marionete.
Khun Song, a neta do meio, não tinha talentos. Pelas regras do mundo, ela recebia todo o amor e nada de pressão. Quando ela se tornou a favorita, Khun Song, que não tinha demonstrado interesse por nada, quis mostrar todo seu potencial para a vovó.
“Por que errou isso? Não é o bastante, Khun Nueng era bem melhor que você.”
“Por que você tem uma corcunda? Khun Nueng tinha uma postura melhor que a sua.”
“Por que errou a nota? Khun Nueng tocava melhor que você.”
Tantos ‘por quês?’ a Khun Song recebia da vovó. Tudo o que ela fazia era comparado com a Khun Nueng. Khun Song suportou por muito tempo toda essa pressão. Que crescia cada vez mais. Até que em uma noite tudo explodiu.
O dia em que uma empregada saiu gritando do quarto da Khun Song.
Vovó e eu corremos para ver o que tinha acontecido. E ficamos em choque ao ver a Khun Song pendurada pelo pescoço na sacada. Seus olhos saltaram, sua língua estava retraída no fundo da boca. Eu caí no chão em desespero. Mas minha avó nunca demonstrou fraqueza. Mesmo estando triste, ela nunca chorava. Mas eu sabia que ela estava triste.
Khun Song deixou uma carta escrita à mão em cima da cama. Era sobre ela estar desapontada com a vovó, que a comparava frequentemente com a Khun Nueng. Por um momento, fiquei com tanta raiva da Khun Nueng ter ido embora e ela não compareceu ao funeral da Khun Song. Vovó, que continuava olhando as fotos da Khun Song, não disse nada por uma semana. Então tive que ir até ela para segurar suas mãos.
“Vovó.”
“…”
“Está tudo bem. Você ainda tem a mim.”
Vovó me olhou com lágrimas nos olhos e não disse nada. Devia ter toneladas de coisas que queria dizer. Tudo o que eu podia fazer era tentar animá-la. Encosto minha bochecha na dela.
“Serei sua neta ideal.”
Foi o que prometi a ela e preciso cumprir…