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Tradução: Riza | Revisão: Pandine
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48
A Teoria Rosa
Dois meses depois…
Já se passaram dois meses desde que vi a Khun Sam pela última vez. Nosso status de relacionamento está claro agora que terminamos. De qualquer forma, sempre que alguém me pergunta, respondo que tenho uma pessoa que amo.
Não estou preparada para ter outra pessoa.
E tenho esperanças de que a Khun Sam volte para mim.
A gangue está preocupada com o nosso relacionamento. Elas não param de perguntar como me sinto. E elas continuam cuidando da gente. Mas chega o momento em que elas não aguentam mais.
Tee: Vocês terminaram? Se sim, sugiro que arrume outro. P. P. é tão chata que dá vontade de bater nela.
Doraemon: Estou bem, obrigada.
Tee: Você não pode ser assim, Mon. Você se fechou. Não é justo.
Kate: Você é exagerada, Tee.
Jim: A Tee está certa. Mon não pode se fechar assim.
Tee: Você deveria arrumar outro. Tem uns caras bonitos no nosso escritório, hein? Vários deles gostam de você.
Doraemon: Você está de brincadeira comigo.
Comecei a trabalhar aqui com a Tee há dois meses. A posição que a minha chefe Tee me deu aqui é importante e ela demonstrou seu poder. Disse a todos que sou como sua irmãzinha. É por isso que ninguém se atreve a flertar comigo, principalmente os rapazes do escritório. Eles na verdade acham que sou a namorada dela. As mulheres do escritório, não gostam de mim e os homens não falam comigo. Então nem tenho amigos aqui.
Kate: Alguém tentou falar com a P. P.?
Tee: Sim. A avó dela está doente. Ela está cuidando dela.
Kate: Quando aquela velha vai morrer?
Jim: Você é tão má.
Tee: Mon, arrume outro. Eu odeio a P. P.
Kate: É tão fácil assim arrumar outro? Quem poderia substituir a P. P.? Ela é perfeita.
Jim: Eu queria que a P. P. fosse meu marido.
Tee: Jim, se aquieta.
Tee: Já sei. Vou apresentar a Mon para o meu irmão. Mesmo não tendo status, ele é rico. Porque sou rica, meus pais são ricos e ele também.
Primeiro, acho que elas estão brincando comigo. Mas no dia seguinte, Tee me faz almoçar com ela. Ela traz seu irmão mais velho para almoçar com a gente e nos apresenta.
“Este é meu irmão. O nome dele é Ta.”
Não sei como me comportar. O Ta é um cara bonito, pele clara como um garoto chinês em roupas casuais. Seu sorriso me encanta.
“Boa tarde.”
“Ela é a garota que você sempre fala? Você arrumou a secretária mais linda. Por que você mesma não flerta com ela?”
“Mano, você é louco. Eu a vejo como uma linda… irmãzinha?” Tee pergunta ao irmão mais velho e ele sorri educadamente em vez de responder.
“Ela é linda. Você virou casamenteira agora, sério?”
“Por que está me atacando?”
“É isso que você quer, né? Tenho alguma chance?”
Ele me olha com um sorriso provocante. Tee também me olha se levanta.
“Vou ao banheiro. Vá com calma.”
De repente me sinto desconfortável. Tee deveria estar aqui comigo, mas me deixou com um estranho, seu irmão. O que devo conversar com ele?
“Você é tão linda. Tem namorado?”
Ta me pergunta sem pensar. Ele está tentando me deixar mais confortável. Então, sorrio para ele.
“Sim, tenho.”
“Ah, você tem namorado. Por que ela quis nos apresentar?”
“A pessoa que amo é amiga dela. Ela está mal-humorada desde que meu amor desapareceu por um tempo. Então ela está tentando me fazer seguir em frente.”
“Te apresentando a mim…” Ele gargalha e sacode as mãos. “Então, quem é o amigo?”
“Khun Sam”.
Pfffffff…
Ta cospe sua bebida que se espalha no ar. E não posso demonstrar que estou com nojo.
“Perdão, você é namorada da Mhom P. P.?”
“Até você a chama assim? Você a conhece?”
“Ai, claro. Ela é a amiga mais próxima da Tee. Eu costumava flertar com ela.”
“Flertar?”
“Então ela não me aceitou porque gosta de garotas…”
Fico um pouco envergonhada, ele balança as mãos e diz:
“Não, não, não. Relaxa. Não fique com vergonha. É normal. Estou acostumado com isso. Minha irmã sempre leva a esposa para dormir na nossa casa. Nossa casa é como um hotel agora. Só estou surpreso em saber que a P. P. também gosta de garotas. Essas escolas femininas são terríveis.”
“Estudei em uma escola normal.”
“Então, a escola não importa.”
Quando falamos da Khun Sam, Ta tem assunto de sobra. Parece que o irmão da Tee adorava a Khun Sam.
Mas logo depois, sinto algo estranho… Uma forte energia.
O que será?
Após terminarmos de almoçar, Tee parece feliz por ter me apresentado seu irmão. Olho para ela e ela começa a rir.
“Por que está tão alegre?”
“Só estou feliz por você e o Ta terem se conhecido. O próximo passo vai ser o casamento?”
“Sua!” Dou um tapa em seu ombro. E ela percebe que estou envergonhada. Ela coloca a mão sobre minha cabeça e acaricia meu cabelo. “Seu cabelo está uma bagunça agora.” E continua.
“Uma garota bonita como você não deveria se apaixonar pela P. P. Se tivesse me conhecido antes, você seria minha. Eu não iria te desapontar.”
“Eu não gosto de garotas.”
“P. P. é um rapaz?”
“Ela é minha única exceção.”
“Odiei isso.”
Ela me puxa pelo pescoço e continua acariciando meu cabelo. Nossas risadas chamam a atenção de todos à nossa volta. Então me afasto desta bela senhorita. Provavelmente é indelicado brincar assim em público.
“Por favor, sem intimidades. Trabalhar aqui com você já faz eles me odiarem. Se nos verem íntimas assim…”
“E daí? Quem tiver problema com isso, peça demissão.”
“Tee…”
“Se não parar com isso, vou te beijar.”
Tee me puxa. Desvio, chocada.
“Tee!”
“Ah, tão macia.”
Céus!!
Me sinto estranha de novo. Que sentimento é este? Fico olhando em volta paranoica. Mas não vejo nada. Tee me olha curiosa.
“O que foi?”
“Me sinto estranha, como se tivesse alguém me observando.”
“Todos aqui estão nos observando. Então vamos trabalhar.”
Ela me puxa pelo pescoço. O que é isso? Por que ela continua me tocando? Não é comum. “Hoje, vou te levar para casa.”
“Obrigada.”
Mas… não é fácil.
Tee olha para os pneus do seu carro. Estão todos murchos, mas ela sorri. Como ela pode sorrir nessa situação? Olho para ela suspeita.
“Alguém fez isso. Não está preocupada?”
“Eu não! Sou rica!” Tee disse em voz alta. “Estão murchos? Quem liga? Compro novos. Melhor ainda, compro um carro novo! Ah, como posso ser tão rica e ter dedos longos que fazem as garotas gemerem tanto?”
“Tee!”
Olho para a Tee, que está gritando sem motivos. Do nada, algo voa em direção a ela e acerta sua cabeça. Um sapato branco cai no chão. Tee abre os olhos e olha de onde o sapato veio.
“Vadia! É o sapato da P. P. Como chegou aqui?”
Khun Sam está de pé com a respiração descontrolada. O que faz a Tee gargalhar.
“O que está fazendo?”
“Quem tem dedos longos? Quem estava dizendo que faz as garotas gemerem?”
Khun Sam se aproxima da Tee e levanta a mão como se fosse bater nela, mas corro para interromper.
“Khun Sam, se acalme. Não aconteceu nada, não temos nada.”
“O que você fez? Por que gemeu?”
“Eu não gemi.”
“Ai. Por onde esteve? Se escondendo de nós o dia todo? Tive que te provocar o dia todo e só apareceu agora?” Tee ri, pega o sapato do chão e joga do quarto andar do prédio.
“Este sapato custou caro, vinte mil.”
“Você estava usando um sapato caro destes?” Estou chocada com o valor, mas ela me responde lentamente.
“É um Gucci.”
“Você mereceu. Foi o preço a ser pago por acertar minha cabeça.”
“Por que estava com a Mon? E com o bastardo do seu irmão também?”
Todo mundo é um bastardo para ela…
“Como sabia, Khun Sam?” Eu a encaro. Se não estou errada, ela foi o motivo de me sentir estranha o dia todo. “Há quanto tempo está me seguindo?”
“O dia todo.”
“Por que se escondeu de nós?”
“Eu…”
“Diga a ela que você se sentiu culpada por deixá-la sozinha por dois meses. Por que sempre eu? Sempre tenho que ajudar com seu amor. Hurr.” Tee suspira. “E sua avó? Tudo bem?”
“Não tenho certeza, acho que está tudo bem.”
“Vou deixar você conversar com a Mon. Não se esqueça de pagar por todos os meus pneus. Ah, incluindo as taxas. Vou para casa.” Tee olha para seu relógio. “Já são quase 19h… Preciso ir. Não transem no estacionamento, só avisando.”
“Tee!”
Ela ri e se afasta. Parece que tudo hoje foi uma armação. E esta é a primeira vez em dois meses que vejo a Khun Sam.
“Preciso encontrar aquele sapato.”
“Hum…”
Foi tudo o que eu consegui dizer…
Ando na frente dela porque não sei o que dizer. Khun Sam me segue em silêncio até chegarmos nas escadas do primeiro andar. Então ela diz:
“Senti sua falta.”
“Sim.”
“Que resposta curta. Não sentiu a minha?”
“Eu senti sim. Mas não sei qual o meu status por sentir sua falta.”
“O mesmo.”
“…”
“Meu amor.”
Ficamos em silêncio. Olho para o céu. Está escurecendo enquanto procuramos pelo sapato.
“Ehh… cadê esse sapato?”
“Está com raiva?”
“Não estou.”
“Por que ficou em silêncio após eu dizer que você continua com o mesmo status? Se não ficou feliz, poderia ter ao menos dado um sorriso.”
“Ainda estou confusa. Tudo aconteceu tão rápido. Continuo me perguntando se estou sonhando? Não quero acreditar.”
“Você não está sonhando, é real.”
“Sério?” Finjo procurar o sapato e a encaro. Ela está sorrindo para mim.
“Estou aqui e a partir de agora não vou a lugar algum.”
“Por favor, esclareça.”
“Eu já resolvi tudo. Eu vim te pedir pra voltar comigo, mas não sei se você vai me dar uma outra chance.”
“Está me pedindo para voltarmos? E sua avó? Você me disse que se casaria com o Sr. Kirk por causa dela.
“Eu aceitei. Faria isso por ela.”
“…”
“Mas tenho sorte da minha avó me amar tanto e não querer me machucar. Então, ela me deixou ser o que sou.”
“Quê?”
Encaro a Khun Sam e ela me olha de volta com um sorriso no rosto.
“Mas tem um pequeno problema… não poderemos nos casar como a EarngEai.”
“…”
“Ou não será anunciado ao público, minha avó pediu isso.”
“…”
“Você está bem?”
Minhas lágrimas estão escorrendo por todo meu rosto, eu concordo para aceitar orgulhosamente. Khun Sam, que achou que eu não aceitaria, percebe que aceitei e diz algo com a voz trêmula.
“Então podemos nos amar de novo.” Ela abre os braços e espera que eu a abrace. “Podemos ficar juntas.”
“Khun Sam!”
Corro e pulo em seus braços como um macaco. Rio e choro ao mesmo tempo de alegria.
“Te amo.”
“Te amo.”
“Estamos chorando de novo.” Sorrio com lágrimas nos olhos. Então seguro o rosto da Khun Sam, que continua me segurando no colo. “Vamos viver juntas, né?”
“Com certeza.”
“Eba!”
“Então vamos voltar para casa.”
“Qual casa?”
“Nossa casa.”
“Não é minha, é sua.”
“Minha casa está cheia de roupas suas. Almofadas rosas, roupas íntimas rosas e tantas outras coisas rosas. Se não tem certeza, amanhã irei pintar minha casa de rosa.”
“Ah, que fofa. Então preciso voltar mesmo. A casa da ChamCham e da Mon Mon.” Abraço Khun Sam e sussurro em seu ouvido. “Esta noite vou me superar. Yum!”
“Vamos ver quem vai se superar. Yum, yum.”
A peça que me faltava está de volta. Após eu ter esperado sozinha por tanto tempo. E eu preencho a vida dela também. Passamos por tantos obstáculos, crenças, classes e tantas lacunas entre nós no começo do nosso relacionamento.
Nosso mundo agora está brilhante, como um desenho animado. Ter a Khun Sam na minha vida é uma realidade. E espero que eu continue preenchendo a vida dela também.
Se seu mundo não está brilhante. Por favor, me deixe iluminá-lo.
Cores diferentes: tinta a óleo e aquarela, às vezes ficam melhores quando misturadas.
Irei chamar essa teoria do meu amor… quero dizer, nosso amor de:
A Teoria Rosa
Esplêndido!