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Tradução: Shiro | Revisão: Taka
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Capítulo 19 – Okay
Meu plano de estudo está indo bem. Já tem duas semanas que estamos enviando áudios uma para outra. Para A-Nueng, ouvir minhas gravações é bom porque ela não tem que ler muito. E gravar áudios da novel é relaxante para ela.
“Como resultado do acordo, Mariza se tornou a mulher mais rica e linda do mundo. Ninguém pode ser comparado com ela. Ela conseguiu tudo que desejou.
Depois de receber seu desejo perfeito, ela começou a viver uma vida entediante. Ela não quer mais nada na vida porque ela já tem tudo e tem a vida perfeita. Às vezes, Mariza só quer se matar porque a vida não é mais interessante. Até que um dia, oito anos após o acordo, Mariza pediu para sua melhor amiga ‘Parn-Net’, terminar com uma ex que ela nunca conheceu e só conversava pelo celular, no entanto, a amiga de Mariza pediu para ela terminar com a ex dela pelo telefone porque elas têm a voz parecida. Por ter uma vida vazia e não ter nada para fazer, ela concorda e esquece sobre isso.
Acho que é esse o motivo pelo qual precisamos de inspirações na vida. Se nunca nos desapontamos e temos sucesso em tudo, não tem nada que vamos querer na vida… tenho sorte de ter você como meu objetivo. Quanto mais difícil é ter você, mais preciosa você é.
Eu te amo, Ar-Nueng.
A-Nueng vai terminar todas as gravações com ‘eu te amo, Ar-Nueng’ é como uma assinatura dela.
E parece que me acostumei com as confissões dela. É algo que escuto diariamente, e se eu não ouvir, é como se não tivesse bebido água ou comido. É como se faltasse algo.
Pressiono pausar e penso sobre a novel que A-Nueng está gravando para mim. Pensando nisso… Depois que Mariza teve seu pedido garantido, ela provavelmente é como eu. Não tem nada que eu não possa ter.
Entrei na universidade que queria.
Passei no curso que queria.
Consegui sair do palácio e não viver mais na sombra da minha avó… A vida não é sempre tranquila, mas a habilidade de ficar sobre meus próprios pés me motiva a continuar, mesmo quando desabo. Talvez se eu continuasse vivendo a vida perfeita que minha avó escolheu para mim, eu ia ficar tão entediada que me mataria.
É muito bom que a vida não seja realmente boa.
E agora tenho uma nova motivação, que é colocar A-Nueng em uma universidade. Já tem muito tempo que estive determinada assim. A-Nueng me dá esperança; ela me dá inspiração para levantar de manhã e preparar o plano de estudo dela.
Ah… Hoje também estou cozinhando para a filha da minha amiga. É uma recompensa para a boa garota.
Nah… Só vi por acidente um vídeo de comida quando estava olhando o celular e achei que seria legal. Me lembro que minha avó me educou com incentivo e punição. Se eu me saísse bem, minha vó me dava dinheiro extra na mesada ou permitia que eu fosse para cama depois das 22:00 horas.
E A-Nueng tem sido uma boa garota. Então, estou cozinhando uma comida deliciosa como uma recompensa para a garota alegre. É uma ocasião rara alguém como M.L Sippakorn cozinhando.
Hoje é a primeira vez que venho esperar A-Nueng na escola de reforço. E estou confiante que quando a pequena sair, ela ficará feliz de ver que eu, que nunca mostrei me importar, cozinhei para ela. Claro… ela tem que ficar feliz. Se ela não ficar feliz eu vou…
Não consigo pensar em nada…
Eventualmente, a hora dela sair chega. Crianças de toda Bangkok saem em exames da escola de reforço e seguem para casa. Eu procuro a filha da minha amiga entre a multidão com cheiro de estudante… que eu odeio. Deixa pra lá, garotos nessa idade tem esse cheiro.
Estou tonta…
“Ar-Nueng.”
“Nueng… Folk?”
Eu que não soltei nenhum sorriso ainda, rapidamente recuperei minha postura quando eu vejo o garoto na escola perto de A-Nueng andando com ela. A-Nueng corre e agarra meu braço como normalmente faz e sorri pra mim.
“Como chegou aqui? Não foi para o mercado desenhar hoje?”
“Aconteceu de estar por aqui.”
A-Nueng olha curiosa para a vasilha de plástico na sacola.
“O que você tem aí?”
“Nada.”
“Parece aquelas vasilhas para colocar comida.” E a garota barulhenta tomou a sacola da minha mão e cheira. “Tem comida aqui.”
“Comprei.”
“E deram esta vasilha para você? Onde você comprou? Eles usam uma embalagem tão cara.”
Estou com muita preguiça de responder, então mudo de assunto para tirar a atenção dela da vasilha que comprei.
“Vocês vieram para escola juntos? Por que não me contou isso?”
A-Nueng olha para Folk sem se importar.
“Aconteceu de ele vir aqui também. Como não temos nenhum amigo, então sentamos juntos. Estudar juntos é melhor do que apenas estudar sozinha.”
“Não precisei de ninguém quando entrei na universidade.”
“É porque você é muito inteligente.”
“Certo. O que posso esperar de crianças estúpidas?”
E todo mundo ficou quieto. Folk, que estava escutando quieto, olha para o relógio e junta as mãos para prestar respeito antes de sair.
“Tchau, Ar-Nueng.”
“Me chame de Khun Nueng. Eu já não te falei isso?”
Meu humor já está azedo quando falo olhando para baixo encarando-o como normalmente faço. A-Nueng rapidamente se despede de Folk e vira para mim sorrindo tentando melhorar meu humor.
“Te vejo na próxima terça.”
“Tchau… tchau, Khun Nueng.”
Folk faz como eu falei e vai embora, enquanto eu fico parada com o pescoço travado. Todos os alunos foram embora para casa, então só tem eu e A-Nueng aqui.
“Vamos embora Ar-Nueng, está tarde.”
“Uhum.”
“Onde você foi hoje?”
“…”
“…”
Nós duas ficamos quietas. A-Nueng lentamente tira a mão do meu braço e abraça a mochila na frente dela. Olho para a garota que de repente ficou tímida.
“O que foi?”
“Nada.”
“Tá bem óbvio que tem algo.”
“Não sei o que fazer. Parece que você está brava comigo. Se eu ficar muito empolgada você vai ficar brava e vai me afastar.”
“Não estou brava… E por que de repente você ficou tão tímida? Normalmente você não se importa quando te afasto.”
“Não importa o quanto aguento. Continuo ficando mal quando você me afasta demais. Quando você ama alguém, você não quer incomodar.”
“Pessoas que se amam contam tudo uma para a outra.”
“O que eu não te contei?”
“Sobre sua aula.”
“Já te contei que estou pegando aula de matemática.”
“Mas você esqueceu de me contar o detalhe- que você está estudando com o Folk.”
“Ele não é nada importante.”
Isso me faz, mesmo estando frustrada, me sentir um pouco melhor. Então me viro para olhar para garota com óculos, que está olhando para o chão sem saber o que fazer.
“Sério?”
“Claro. Eu te conto tudo. Você sabe disso.”
Balanço a cabeça concordando e solto um sorriso. A-Nueng, que ainda está confusa, continua falando.
“Você está agindo como se estivesse com ciúmes.”
“Hm…”
E nós duas ficamos paradas, como se nossos pés estivessem colados no chão. Ficamos caladas de novo. Lentamente, a pequena garota olha para mim e eu olho de volta.
Badum badum…
Essa é a primeira vez que olhei nos olhos dessa garota que é 16 anos mais nova que eu e me senti assim. Até mesmo eu consigo sentir que algo dentro de mim mudou.
Fofa… Desde quando ela é tão fofa?
“Eu te amo, Ar-Nueng”
“…”
“Ar-Nueng.”
“Blep.”
“Hm?”
Mostro a língua para ela e começo a andar. A-Nueng que continua chocada corre atrás de mim e segura meu braço. Ela me força a virar para ela. Evito os olhos dela e levanto minha outra mão para cobrir meu rosto. Consigo ouvir a pequena rindo.
“Ar-Nueng é tão fofa. Você perdeu a compostura, não é? Ho ho ho. “
“Você é uma moça, por que está rindo assim?”
Mesmo reclamando, continuo cobrindo meu rosto para evitar ficar paralisada. Eu deveria admitir que perdi completamente minha compostura; essa não é minha versão legal de jeito nenhum. Em trinta anos de vida, esse é o dia que mais perdi minha compostura.
Blep? Mostrar minha língua? Eu?
“Estou feliz que está com ciúmes.”
“Não estou.” Abaixo a mão e falo com firmeza. A-Nueng apenas acena como se não se importasse. “Não faça isso; eu falei que não estava com ciúmes. Eu só…”
“Só?”
“Só estou um pouco estranha.” Limpo a garganta antes de erguer o rosto, recuperando minha compostura. “Você está sob meus cuidados. Então, não é legal eu não saber com quem está ou o que está fazendo; Folk é um garoto e você me disse que não gosta dele.”
A-Nueng me abraça e coloca a bochecha no meu peito. Ela fala sorridente.
“Não gosto dele. Só gosto de você.”
Badum Badum…
Badum Badum…
Badum Badum…
Badum Badum… Badum Badum…
“Seu coração está acelerando.”
Afasto o rosto da A-Nueng antes de apontar o dedo para ela quando ela está prestes a me abraçar de novo.
“Pare de brincar. Vamos pra casa.”
“Okay. Okay. Hoje é um dia bom. É o suficiente.” E voltamos para a relação normal de tia-sobrinha. A-Nueng coloca os braços em volta do meu e deita a cabeça no meu braço andando sem postura. “Vou estudar muito. Vou conseguir um bom trabalho e vou ser digna de você.”
Mesmo que eu me mantenha sem expressão, eu sinto que meu coração está palpitando tanto que está me irritando. Que tipo de sentimento é esse?
“Estude por você. Não faça isso para mim.”
“Estou fazendo isso para mim. Quando eu for digna, vou poder ser sua namorada. Podemos ficar juntas até envelhecer.”
“Que novela… Desde que nasci, nunca vi casais viverem juntos até ficarem velhos.”
“Se não viu, vamos fazer isso. Vamos ser as primeiras.”
“Quem disse que vou envelhecer com você?”
“Eu. Você não pode escapar de mim. Você está perdidamente apaixonada por mim.”
Continuo não concordando.
“Você acha que sou perfeita agora. Mas quando o tempo passar e você tiver mais experiência de vida, você vai encontrar alguém melhor que eu. Quando acontecer, você vai me deixar. Igual a sua mãe. Agora ela encontrou alguém e está prestes a se casar. Não tem nada certo na vida.”
“Por isso você é tão fechada e cautelosa. Você nunca teve um amor, certo?”
“Esse não é o motivo. É porque eu realmente não acho que ninguém é digno de mim, nem mesmo seu pai.”
“Se minha mãe e meu pai não são dignos de você, então eu deveria ser, a filha. Sou mais nova, posso cuidar de você quando estiver velha. É perfeito.”
“Pare de tagarelar. Você é tão cheia de si. Se você fosse um garoto, com certeza teria muitas esposas.”
“Eu vou ter você como uma das minhas esposas?”
“Louca.” Mordo meus lábios, mas não posso fazer nada além de sorrir. “Para de falar besteira. Você já comeu?”
“Só uma linguiça…” E A-Nueng parece se lembrar de algo “Ah, não me diga que a comida que você comprou é para mim.”
“Bem…” Primeiro, eu ia dizer que eu mesma fiz, mas acho que é melhor dizer a ela que comprei. Se não estiver boa, posso culpar outra pessoa. “Uhum.”
“Por que colocaram em uma vasilha tão boa?”
“Eu quem comprei. Salve o planeta… Vamos encontrar um lugar para sentar e comer.” Aponto para o banco no ponto de ônibus. Nos sentamos, e dei a ela a comida. “Experimente. Se estiver boa vou comprar para você de novo.”
“Vou experimentar.”
A-Nueng prova imediatamente. Tento me manter sem expressão, mas não consigo fazer nada além de me sentir nervosa enquanto espero pela resposta. E assim que A-Nueng coloca a comida na boca,
“Ar…”
“Não está bom?”
A-Nueng não responde. Ela come mais e mais. A comida acaba em um piscar de olhos. Pisco com a mente em branco, chocada, enquanto olho para a filha da minha amiga, que fecha os olhos e dá a última mordida.
“Você estava com muita fome?”
“Está além de delicioso. Onde comprou?”
Meu coração transborda. Tento não sorrir muito abóbada.
“Por aqui.”
“É… super… você cozinhou isso, não foi?” A-Nueng balança minha coxa, animada. “Você cozinhou? Estou certa, né?”
“Uhum.”
“Ar-Nueng!” A-Nueng coloca as mãos acima da cabeça com um grande gesto, como se estivesse carregando o mundo nos ombros. “Isso está no nível Michelin. É surreal; não, é de outro universo.”
Nota: O Guia Michelin é uma publicação anual originária da França, que avalia restaurantes e hotéis em todo o mundo. Ele é conhecido por sua rigidez e critérios exigentes de avaliação.
“Não exagere.”
“Não estou. Você pode abrir um restaurante. Por que você cozinha tão bem? Quanto tempo você ficou cozinhando?”
“Só um dia.”
“Como pode existir alguém tão perfeita no mundo?” A-Nueng tampa a boca com a mão e olha para mim me admirando. “Da em cima de mim. Quero ser sua esposa agora.”
“Que louca!”
A-Nueng me abraça apertado e parece toda determinada.
“Não vou deixar ninguém te ter. É um tipo de amor bem agressivo. Por favor, não goste da minha mãe… Por favor, não goste do meu pai também. Você tem que gostar de mim.”
“É uma confissão ou uma ordem…”
Muah
Os lábios de A-Nueng vieram direto contra os meus. Fiquei atordoada e esqueci como respirar. Imediatamente afasto a pequena garota que está usando um uniforme escolar e cubro minha boca. Mesmo assim, a garota me olha determinada e espera que eu a leve a sério.
“Por que fez isso?”
“Não quero que pense que estou só brincando. Antes não fui tão séria porque sei que é impossível. Mas agora mesmo… Estou extremamente séria.”
“Nueng… Você não deveria fazer isso com sua tia.”
“Quando nós nos olhos mais cedo, eu sabia que tinha algo entre a gente. Você sentiu isso também, não sentiu?”
“Não senti nada. Vamos para casa.”
Me levanto, mas não sei para onde ir porque já estamos no ponto de ônibus. Além do mais, não quero deixar a pequena garota sozinha tão tarde da noite; então no fim, só posso manter certa distância dela. Fecho meus olhos e penso.
Porra… Como deixei esse sentimento tomar conta de mim? Ela é a filha da minha amiga.
“Você está com ciúmes.”
“Por que ainda está falando disso?”
“Você está começando a me ver como mulher.”
“Nueng!!” Olho para a filha da minha amiga, completamente seria. Tento manter minha compostura e agir naturalmente para fazê-la parar de brincar. “Relevei isso o tempo todo; mas hoje, você passou dos limites. Vou fingir que isso não aconteceu.”
“Não posso fazer isso. E acredito que você também não.”
“Se você for ser assim, não deveríamos nos ver de novo.”
“Eu te amo, Ar-Nueng.”
“Não me faça responder isso de volta… Eu te desprezo.”
Essas palavras que deixei escapar deixam a pequena em branco paralisada. Ela então olha para baixo e acena voluntariamente.
“Okay”
Ela foi tão obediente que não consigo dormir.