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Tradução: Shiro | Revisão: Taka
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Capítulo 15 – Alguém como Sippakorn
“Eu vou.”
Quando meu ex-noivo, que de repente virou pai, ouviu que vou ao parque no sábado, ele rapidamente se ofereceu para se juntar sem nem ser convidado. Ele até veio para minha casa para me implorar porque desliguei quando estávamos em ligação.
Ele realmente acredita que eu vou concordar só porque ele veio aqui? Não entendo…
“Acabei de te falar isso. Não estou te convidando.”
“Por favor, me deixa ir com você. Por que você está dando uma oportunidade para Piengfah se aproximar da filha e não eu?”
“Você não quer fazer o teste de DNA primeiro?”
“A-Nueng é fofa. Ela tem a fofura do meu DNA no rosto todo. Não precisa de nenhum teste.” O homem que está seguindo os passos do pai para se tornar um futuro político está esfregando as mãos, implorando por minha compaixão. “Também quero me aproximar da minha filha. Pensa só, Khun Nueng. Se a Fah ganhar o coração da minha filha, ela levará A-Nueng para longe com ela. Eu nunca mais vou conversar com A-Neung de novo… Isso é muito triste.”
Confesso que estou irritada com ele, mas também adoro ao mesmo tempo. Ele agiu sem pensar quando era mais novo e não aceitou a responsabilidade pelas ações porque ele era muito imaturo. Mas agora que ele é mais velho, está todo animado para ser pai.
“Se você for, não vai se sentir desconfortável com a Fah?”
“Isso foi há muito tempo. Fah não pensaria nada sobre isso, eu acho. Ela vai se casar, não é?”
“Como posso falar para Fah que você vai com a gente? Por que sua família inteira está me colocando no meio disso? E alguém como eu indo para o parque de diversões?” Esfrego meu rosto enquanto digo isso exausta. Minha vida já não tem aventura o suficiente? O que é tudo isso?
“Okay. Então, eu vou.”
“Mas…”
“Eu vou também.”
“Hã/Hein?”
A voz desafinada de um garoto na puberdade nos interrompe. Chet e eu nos viramos na direção da voz para ver o garoto tímido que desmaiou na frente da escola da A-Nueng. Isso não é uma coincidência porque ele não mora por aqui.
“Como você chegou aqui? Qual seu nome mesmo?” Pergunto esquecida, como uma autora que esquece seu próprio personagem porque ele aparece e some.
“Folk”
“E você se convidar significa que ouviu tudo?”
O garoto alto olha para mim e me dá um sorriso envergonhado antes de balança a cabeça. Olho para ele irritada porque não gosto de pessoas que ficam ouvindo conversa dos outros. É rude. Mesmo assim, quando eu o vejo, penso que é uma boa ideia…
“Okay. Você pode ir. Ter alguém com a idade similar pode fazer A-Nueng se sentir menos desconfortável. Provavelmente é estranho para ela de repente ter uma mãe e um pai, como o princípio ensinado no dia makha bucha”
Nota: Makha Bucha é um importante feriado budista celebrado em países como Tailândia, Laos, Camboja e Myanmar. Ele ocorre no dia da lua cheia do terceiro mês lunar do calendário budista, que normalmente cai em fevereiro ou março no calendário ocidental.
“Que?” Chet pergunta confuso. Não posso fazer nada além de deixá-lo.
“Todo mundo de repente aparece sem hora marcada.”
Finalmente, o sábado que os pais da A-Nueng estavam esperando chegou. Combinamos de nos encontrar no parque, que parece mais com um cemitério porque ninguém vem aqui. Mas deixa pra lá. Eu posso agir como se os brinquedos com cores desbotadas fossem emocionantes. Afinal, não é todos os dias que vamos a um parque temático.
“Khun Nueng. Você não me deu detalhes de quem se juntaria a nós hoje.”
Piengfah quis dizer Chet e Folk, que veio bem-vestido. A-Nueng também está bem-humorada hoje até ela ver que o garoto que estava seguindo-a e que ela não gosta está aqui também. Ela mostra os dentes assim que ela o vê.
“Por que Ar-Nueng trouxe ele também?”
“Assim você não fica entediada. Você ficaria entediada se só tivesse velhos com você.”
A-Nueng ainda parece não estar feliz. Então tento levantar o astral bagunçando o cabelo da pequena. Isso parece ter acendido o humor porque ela sorri toda boba e esquece sobre as frustrações dela.
“Ah… Perdi. Por favor, faça isso com mais frequência.”
“Coisas boas só acontecem de vez em quando. Se eu fizer com frequência, vai se cansar disso.”
Me afasto de A-Nueng e peço a atenção de todos como se eu fosse o chefe de uma vila liderando seus aldeões.
“Nós vamos aproveitar ao máximo o dia hoje. Por favor, fiquem feliz porque eu vou tentar também.” Passo os olhos em todos. Ninguém parece feliz, exceto Folk, que está parado ali todo tímido e inocente. “Para deixar claro para todos, vamos ser honestos uns com os outros de agora em diante… A-Nueng, você é o centro das atenções de todos hoje.”
A-Nueng, que também não sabe nada, olha para mim enquanto ergue a sobrancelha surpresa.
“De quem?”
“Sua mãe e eu não estamos realmente saindo hoje.”
“Como poderia se estou aqui? Ar-Chet também está aqui para ficar no caminho da minha mãe. Tem muitas pessoas.”
“Todos estão aqui por você.”
A garota parece ainda não entender. E para resumir, eu organizei tudo em uma frase.
“Sua mãe quer ter um tempo de qualidade com você, então vocês podem se aproximar uma da outra, por isso ela mentiu sobre o encontro hoje.”
Piengfah me olha um pouco antes de olhar para longe e rir. Mas por que eu me importaria? É problema dela; ela precisa resolver sozinha. Já é bom o suficiente eu estar aqui hoje.
“Enquanto Chet… Provavelmente é muito cedo para você saber isso, mas vou te dizer de qualquer forma. Ele era namorado da Fah. E você é o resultado do que eles fizeram… Parabéns! Você tem um pai agora.”
Bato palmas alto. A-Nueng fica de queixo caído e olha para o Chet, enquanto Chet olha para mim em choque.
“Khun Nueng… Você deveria dizer isso mais delicadamente.”
E de novo, não é problema meu. Isso é algo que os pais precisam aguentar depois das ações estúpidas do passado. Então só aponto minha mão para Folk, a última pessoa aqui, para apresentar ela para os pais de A-Nueng. Vou dizer a eles quem ele é, de onde é e como ele está envolvido com a filha deles.
O que, quando, onde e por que – aqui vamos nós.
“E esse é o Folk; ele é o garoto que tem crush na A-Nueng desde o fundamental e só percebeu que deveria finalmente fazer algo agora. Ele é bem apropriado para se aproximar dela. Essas foram as introduções hoje.” Bato palmas para sinalizar o fim da reunião. “Vamos todos fazer um bom trabalho como pais e futuro namorado da A-Nueng.”
Todos ficaram quietos. Ninguém gostou do que eu disse. Todos agem como se tivéssemos fracassado. Então acho que as pessoas não gostam de honestidade, e por isso a atmosfera ficou pesada de repente.
Então para o show continuar, começo a andar para dentro do parque e escolho andar tranquilamente para começar. A-Nueng anda sozinha, sem falar com ninguém. Então usei essa oportunidade para cutucar Folk para ir falar com ela e manter ela acompanhada.
Ele está aqui para esses momentos…
Eu sabia que A-Nueng ficaria chocada quando eu revelasse a verdade sobre seus pais. Mas todos têm que ser capaz de lidar com o que for preciso. É o mesmo quando descobri que meus pais sofreram um acidente. Tive que fingir ser forte, como se nada tivesse acontecido. Porque queria ser um apoio para minhas irmãs mais novas.
Nós humanos nascemos para lidar com o inesperado. Isso não é nada. Ela só tem um pai e uma mãe de repente. A-Nueng vai passar por isso… Essa garota é forte.
“Minha filha não vai falar comigo, Khun Nueng.”
“O mesmo aqui.”
E depois de se passar uma hora, os pais, que são dois perdedores, começam a reclamar para mim porque A-Nueng frustrantemente fica brincando com o garoto que não tem nenhuma relação com ela.
“Por que você fez isso? Eu queria ter momentos com minha filha. Por que teve que trazer mais alguém?”
Olho para Piengfah e pisco.
“O Chet é qualquer um?”
“Ele nem sabia que A-Nueng existia.”
“Ao contrário de você. Você sabia que A-Nueng existia, mas nunca veio ver ela.”
Quando respondo isso, Piengfah fica paralisada e em silêncio. Chet, que sabe bem quão franca posso ser, só fica quieto.
“Esse garoto roubou a cena. Não tem nenhuma para nós, os pais.”
“E se o garoto não tivesse aqui, você acha que a filha de vocês daria alguma cena para você?”
Os pais se olharam e suspiraram. Ficar com crianças dessa idade é difícil. E A-Nueng é teimosa de um jeito tranquilo. Ela não é obediente. Você não pode só dizer para ela ir para esquerda ou direita do jeito que quiser.
“Você fez ser mais difícil do que já era. Ela não vai passar tempo comigo assim”
“Dê um tempo para ela digerir. Depois que ela aceitar a verdade, ela vai com você.”
Olho para A-Nueng, que está na roda gigante com o garoto da idade dela. Sinto pena dela e um vazio ao mesmo tempo. Enquanto estou pensando comigo mesma, Piengfah diz algo que imediatamente chama minha atenção.
“Você não quer que A-Nueng vá comigo, não é?”
“O que você está falando?”
“É seu esquema… Você quer que minha filha fique contra mim, então você escolheu fazer A-Nueng me odiar ainda mais.” Piengfah olha para Chet, como se estivesse procurando suporte. “Agora nossa filha vê você como a única heroína, enquanto nós, os pais, somos os demônios. Você está apaixonada pela minha filha?”
“Se você disser mais uma palavra, vou arrancar seus dentes agora mesmo.”
Minha voz faz Piengfah, que é emocionalmente instável, hesitar. Ela vira para o outro lado porque não sabe o que fazer. Porque ela não quer desistir, continua reclamando.
“O que você fez me faz pensar isso.”
Fecho meus olhos e tento ser paciente antes de assentir entendendo.
“Tudo bem… Vou fazer A-Nueng me odiar e te ver como heroína. Feliz?”
“Prove isso. Não diga palavras vazias.”
“Chega Fah.” Chet está começando a discordar da ex-namorada, então ele para ela. Mas Piengfah não dá a mínima.
“Não aguento mais isso. É minha filha… Minha filha!”
Eventualmente, a roda gigante completa o círculo. Enquanto A-Nueng está prestes a sair, eu a empurro para dentro e puxo Folk para fora. A garota olha para mim confusa. Ela evita me olhar nos olhos.
“Tenho algo para falar com você.”
“Okay.”
“O que foi?”
Ela não está só contra os pais, ela está contra mim também…
“Nada.”
“Fale confiante. O que foi?”
A pequena olha para a janela e fica quieta. Está começando a lacrimejar. Isso me assusta.
“Não vou te repreender ou nada assim. Por que está chorando?”
“Não estou chorando porque você vai brigar comigo. Só estou triste.”
“Sobre seus pais?”
“Sobre você tentar me fazer ir morar com minha mãe.”
A pequena sabe… Mas ela ficou quieta desde a parte da manhã. Ela provavelmente está esperando um bom momento para reclamar comigo. Eu ter contado sobre o pai dela tão abrupta provavelmente fez ela perder o equilíbrio, então os sentimentos dela devem estar uma bagunça.
“Desde quando você sabe?”
“Eu escutei minha mãe e minha vó conversando. Eu até sabia que vir aqui era um plano para me aproximar da minha mãe. Nem sei mais sobre o que ficar triste. Se é você me trazer aqui para me aproximar da minha mãe, ou de repente ter um pai que dá em cima de você ou você trazer Folk mesmo sabendo que odeio ele. De tudo, estou realmente triste sobre uma coisa, que é você.”
Escutar ela me fez perceber que é um assunto muito longo e complexo. E parece que estou mais errada que os outros.
“Só quis o bem. Deixei Folk vir porque eu pensei que você deveria ter alguém na sua idade como amigo.”
“A pessoa que quero comigo como amiga é você. Você está tão de saco cheio de mim que teve que me arrumar outro amigo?”
“Não pense assim.” Olho para a filha da minha amiga, sem saber como me sinto. É como se ela estivesse brava comigo pelo motivo errado. Eu deveria só fazer ela me odiar e então ela verá os pais como heróis, como Fah quer. “Mas você pode pensar o que quiser. Se quiser pensar que estou irritada, pense isso. Se quiser pensar que estou te afastando, tanto faz. Você é livre para pensar o que quiser.”
Dessa vez, sou eu quem está olhando pela janela me esforçando para esconder minha consciência culpada de A-Nueng.
“Não gosto dos meus pais.”
“Eles realmente te amam.”
“Eles são estranhos para mim.”
“Nós só acabamos de nos conhecer também.”
“Não é a mesma coisa.”
“É sim.”
“Você nunca me abandonou.”
“Mas eu falei para sua mãe te abortar!”
Eventualmente, conto a ela a verdade porque acho que isso vai fazê-la ficar realmente desapontada comigo. Quando ela me ouve dizer isso, lagrimas rolam por sua bochecha. Ela soluça.
(soluça)
“…”
“Por que você é tão má comigo?”
A-Nueng soluça, me fazendo morder meus lábios até sangrar. Eu que não me importo com ninguém, nem mesmo minha avó. Estou agoniada ouvindo os soluços da garota na minha frente. Estou perdida sem saber o que fazer.
Me desculpe….
Só disse isso na minha mente. não falei nada porque estou com medo de tudo que eu for fazer piorar a situação.
“Você me odeia agora?”
“Não. Estou triste que você disse isso só para me fazer te odiar. Você está tentando me afastar. Por que sou a única tentando ficar com você? Por que não quer ficar comigo tanto assim?” Soluça.
Estou completamente perdida. Seguro o rosto da pequena garota nas mãos porque não aguento mais ver ela chorar.
“Você não me odeia?”
“Não estou nem um pouquinho brava com você.” A-Nueng levanta o punho e me acerta levemente. “Você pode não me afastar? Eu amo você. Realmente amo.”
“…”
“Eu realmente amo você, Ar-Nueng.”
Badum Badum…
Olho para aqueles olhos lacrimejando enquanto meu coração pula uma batida. De repente paraliso enquanto coro, e não consigo controlar a temperatura do meu corpo.
“Se você quer que eu vá… eu vou”
As palavras dela de desespero me fazem ficar ainda mais em pânico. Antes de vir para a roda gigante, pretendia fazer tudo para provar a Piengfah que não quero essa garota comigo.
Me apaixonar por ela… Isso é impossível.
Mas por que eu não… Aguento ouvir ela falar que desiste assim?
“Não…”
Eu estendo minha mão para segurar a mão da pequena garota e seguro firmemente antes de desviar meu olhar para o chão com medo de fazer contato visual.
Alguém como Sippakorn não se atreve a olhar nos olhos de uma garota de dezoito anos. Isso é possível?
“Não, o que…”
“Não vou deixar você ir.”
“Ar-Nueng”
Olho para a filha da minha amiga. Então digo o oposto da minha intenção inicial.
“Não vou deixar você ir… Quero que você fique aqui.”