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Tradução: Riza| Revisão: Pandine
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Especial Parte: 2
Ongsa e Sun estão namorando há um ano e passaram por várias coisas juntas, mas o que elas nunca compartilharam é…
‘O Dia dos Namorados.’
Isso porque Sun ainda conhecia a Ongsa como Earth no último Dia dos Namorados, e Ongsa estava evitando Sun, não respondendo suas mensagens. Ongsa sabe que Sun naquela época estava muito machucada. Este ano, ela quer compensar isso. Porém, como a Ongsa nunca teve um Dia dos Namorados, ela não sabe o que namoradas fazem neste dia.
“Tinh, Charoenporn.”
“Por que falou meu nome todo? Devo dizer um amém?” Charoen pergunta.
“Preciso de um conselho.” Ongsa expressa sua necessidade.
“Sobre a Sun?” Tinh pergunta.
“Como sabe?”
“Você tem pouquíssimos problemas na sua vida, Ongsa.”
Tinh está correto. Uma garota como a Ongsa não possui muitos problemas além deste.
“Sim. É sobre a Sun.”
“Vá em frente.”
“Fevereiro está logo ali.”
“E…?”
“Dia dos Namorados.”
“E…?”
“Preciso comprar um presente pra Sun.”
“E…?”
“O que devo comprar para ela?”
“Está me perguntando…? Me perguntando…?”
“S… Sim.”
“Por que você é assim, Ongsa?”
Ongsa olha confusa para Tinh. Por quê? O que ela fez de errado? Por que Tinh está olhando para ela com tristeza no olhar?
“Há quanto tempo somos amigos, Ongsa?”
“Desde a sexta série.”
“Desde a sexta série. Faz cinco anos.”
“Isso.”
“Nos últimos cinco anos…”
“…”
“Me viu namorar alguém, Ongsa? Como diabos me pergunta o que deve comprar para sua namorada, sua idiota pecadora?”
Tinh repreende Ongsa por um bom tempo até que ela levanta a mão para pará-lo.
“Certo, certo. Eu errei. Sinto muito.”
“Sim. Ainda bem que você reflete sobre seus atos.”
“Compre flores para ela.” Charoen diz após ouvir tudo em silêncio.
“…?” Ongsa se vira para ela confusa.
“Flores. Garotas querem flores no Dia dos Namorados.”
“Eu não quero…” Tinh diz.
“Sim. Eu também não.” Ongsa se intromete.
Charoen olha para os amigos, se perguntando quem é mais feminina entre Ongsa e Tinh.
“Compre uma pelúcia, uma bem grande. Aposto que a Sun vai gritar.” Tinh sugere.
“Uma pelúcia gigante? A Ongsa vai conseguir carregar? É isso que quero saber.“ Charoen aponta.
“Ah, verdade. Esqueci que ela é desastrada.” Ongsa pisca os olhos para os amigos falando como se ela não estivesse ali.
“Compre uma não tão grande. Uma fofa. Descubra que tipo de animal de pelúcia a Sun gosta.”
“Mas eu insisto em comprar flores para ela.”
“Uma pelúcia.”
“Flores.”
“Chega, chega. Muito obrigada pela ajuda. Vou decidir depois.” Ongsa interrompe, vendo os dois amigos prestes a brigarem.
“Um animal de pelúcia, Ongsa. Confie em mim.”
“Pelúcias são para aniversários!! Ongsa, flores é mais para Dia dos Namorados.”
… Isso parece que não vai terminar…
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“Haaa…”
“…”
“Haaaa…”
“…”
“Haaaaaa…”
“O que foi, Ongsa? Você não para de suspirar.”
“Estou estressada, Alpha.”
“Com o quê? A prova de Educação Física?”
“Não… com a Sun.”
“Está brigando com ela?”
“Não. Eu…”
“…?”
“Não sei o que comprar para ela para o Dia dos Namorados.”
“Aff! Achei que era algo sério. Até estava escutando atentamente. Apenas compre qualquer coisa. Há milhões de opções de presentes para escolher.” Alpha diz, o que desanima ainda mais a irmã. Por que todos acham que é fácil? É muito difícil para Ongsa. Dia dos Namorados é um dia especial para quem ama, um dia especial para pessoas que estão em relacionamentos. E como é o primeiro Dia dos Namorados delas, Ongsa quer torná-lo especial. O que o tornaria especial? Ongsa não faz ideia.
“Me ajude a pensar.” Ongsa pede ajuda.
“Coisas combinando.”
“Coisas combinando?”
“Blusas, colares ou anéis combinando. Vocês estão juntas há muito tempo. Já comprou algo combinando com ela?”
A irmã mais nova balança a cabeça lentamente. Alpha já esperava por isso. Ela ainda se pergunta como uma garota linda e perfeita como a Sun, que metade dos garotos da escola são apaixonados, cometeu este erro de namorar uma garota sem noção feito sua irmã.
“Pesquisa na internet. Tem várias sugestões.”
“O que devo comprar?”
“Use a cabeça!!” Alpha diz e vai embora, deixando a irmã confusa a encarando. Por que todos ficam bravos quando ela pergunta sobre isso? O que ela fez de errado? Ongsa não entende.
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Ongsa olha para as duas pessoas sentadas à sua frente, se perguntando o porquê delas três terem se reunido aqui.
“Perdão por ter chamado vocês duas aqui.” Diz a pessoa que começou isso.
“O que foi?” A outra garota pergunta. Ela estava surpresa que a sênior, que estava ‘falando’ com sua melhor amiga, de repente a convidou para uma cafeteria em um famoso shopping perto da escola. Além disso, quando ela chegou, viu a garota do mesmo ano, a namorada da sua amiga. A explicação é confusa.
“Eu chamei a Ongsa e a Pinky aqui porque… ah… porque…“
“Apenas nos diga, Min.” Pinky pressiona. Se elas esperassem que a sênior boba reunisse coragem, o shopping fecharia antes que elas recebessem algo.
“O Dia dos Namorados é mês que vem…” Min lentamente revela sua preocupação. “E eu… quero pedir a Bom para sair comigo nesse dia. Preciso de um conselho do que fazer.”
Ongsa olha para sua sênior em perplexidade. Ela tem certeza de que vai perguntar a ela quando a própria Ongsa ainda precisa perguntar a outros? Se ela soubesse que a Min falaria sobre isso, teria rejeitado o convite.
“Pinky, sendo melhor amiga, provavelmente conhece melhor as preferências da Bon. Ongsa pode ter algum conselho em como pedi-la em namoro, já que tem experiência. Por favor, me ajudem.” Vendo aqueles olhos suplicantes, Ongsa amolece. Ela entende os sentimentos da Min.
… Soa familiar, né…?
“Eu pedi para a Sun sair comigo porque o clima era propício. Alguém estava prestes a arrancá-la de mim, então de repente reuni coragem. Por sorte, Sun também estava a fim de mim. Acabamos namorando.” Ongsa conta para a sênior sobre sua experiência. Pensando bem, sua história não é nada romântica. Min cometeu um erro em consultar uma garota como ela.
“Ah, é…? O que faço agora? Pinky… do que a Bon gosta? Você sabe?”
“Se a Bon te rejeitar, o que você vai fazer?” Pinky descaradamente arruína a confiança da sênior.
Ongsa olha para a Min e a encontra tristonha. Obviamente, ela não é uma pessoa confiante, como ela.
“Se você continuar assim, seu relacionamento não vai durar, mesmo que a Bon concorde em namorar com você.”
Que dura. Ongsa olha para a Pinky, perplexa. Mesmo elas não sendo tão próximas, sua franqueza choca bastante a Ongsa.
“Você está me perguntando o que a Bon gosta?” Vou te dizer… Bon gosta de você. Se você quer namorar com ela, diga a ela. Seja confiante, Min. Você acha que minha amiga fala com qualquer um? Ela fala com você porque gosta de você. Ela vai dizer sim, não importa como você vai pedi-la, mas você precisa ter coragem. Bon ama uma pessoa sincera. Se você gosta mesmo dela, precisa estar confiante. Não espere ela tomar a iniciativa. Não é legal.”
É verdade que a Pinky que está falando isso para a Min, não a Ongsa?
“Eu sei que sou péssima. Tentarei mais…” Ongsa expressa sua simpatia com os olhos para a sênior, que parece triste porque a amiga da sua (futura) namorada está repreendendo-a. Ninguém quer ser péssimo, mas coisas assim são incontroláveis.
“Mas você precisa me ajudar a pensar no que comprar para a Bon no Dia dos Namorados, Pinky. Você também, Ongsa. Me ajuda.”
“Eu ainda nem sei o que comprar para a Sun…” Min está consultando a pessoa errada. Que vergonha.
“Bon é viciada em comida. Chama ela para sair.”
“Chamá-la para sair…? Para onde? Um restaurante de porco grelhado? Tem um bom lugar.”
Ongsa vê Pinky com a mão na testa e suspirando, o que é entendível. Mesmo uma garota como Ongsa não convidaria uma garota para um restaurante de porco grelhado. Min é completamente boba.
“Bon ama coisas doces, Min. Sobremesas e essas coisas.”
“Ah… sobremesas, hein? Beleza, beleza.”
Elas se separam após concluírem que Min convidará Ribbon para uma cafeteria e reunirá coragem para pedi-la em namoro naquele dia. Que bom que a Min consultou a Pinky. Ongsa, pelo contrário, se sentiu inútil, como se estivesse lá para tomar uma bebida de graça. De qualquer forma, ela espera que Min consiga.
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O problema de amor da sênior acabou. Ongsa agora volta para o seu. Pensando nisso, o método da Min parece interessante. Pedir conselhos às amigas dela quando não consegue pensar em nada. Talvez as amigas da Sun possam ajudar a descobrir o que comprar para ela, mas… quem ela deveria consultar? Isso é difícil. Sun é próxima do Tinh e da Charoen, mas Ongsa mal troca uma palavra com as amigas da Sun. Quando elas começaram a namorar, as amigas da Sun sempre olhavam para Ongsa de forma provocativa todas as vezes que se encontravam, o que fez Ongsa manter distância. Além disso, ela não sabe se as amigas da Sun a perdoaram por ter terminado com a Sun da última vez. O que ela deve fazer?
“Esperou muito?” Ongsa verifica o relógio de novo. Ela está cinco minutos adiantada, mas a outra garota já está lá.
“Um pouco. Eu estava animada, então cheguei super cedo.”
“Ah…” Ongsa assente confusa. Não é ela quem deveria estar animada? Por que a outra pessoa que está?
“Eu planejei tudo.” Antes de Ongsa se sentar na cadeira, a garota levanta uma folha com anotações.
“Aqui está. Pensei nisso a noite toda. Garanto que não tem nada faltando.”
Ongsa olha para as anotações que a dona garantiu não estar faltando nada, o que é preciso. A folha de papel está cheia de detalhes do que a Ongsa precisa fazer para se preparar para o Dia dos Namorados. Tem tanta coisa que com certeza nada está faltando.
“Vai dar certo, Deer?” Ongsa pergunta. Ela escolheu consultar a Deer das amigas da Sun. Ela parece ser a pessoa que a Sun mais confia. Após a Ongsa mandar mensagem para a Deer pedindo um conselho, ela estava disposta a ajudar com entusiasmo e foi gentil o bastante para listar com detalhes tudo o que ela precisava. O que levou a este encontro delas hoje. Mesmo assim, agora que Ongsa leu a lista de Deer, ela não tem certeza se este plano é prático. O plano da Deer na verdade é desafiador para uma garota desastrada como a Ongsa.
“Claro. Garotas amam surpresas, Ongsa, especialmente em dias importantes. Quanto mais dramático, melhor.” Deer diz como se a pessoa à sua frente não fosse uma garota. Ainda assim, Ongsa não consegue argumentar contra isso. Qualquer garota amaria uma surpresa, até mesmo a Ongsa.
Certo!! Pela Sun, ela vai tentar!!!
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“Pai.”
“Sim, querida?” Nop é pego de surpresa ao ser procurado em seu escritório por sua filha mais nova. Ambas as suas filhas nunca pisaram lá.
“Me ensine a tocar violão…” Ongsa diz suavemente, mas soa alto o bastante na silenciosa sala.
“Tocar violão?” O que deu em você, hein? Eu queria te ensinar, mas você negava.”
“B… bem….” O gato comeu a língua da Ongsa. Como ela poderia dizer ao seu pai que quer aprender a tocar violão para a Sun? É vergonhoso.
Nop observa o jeito que sua filha abaixa o queixo com as orelhas avermelhadas e faz uma suposição.
“Quer tocar para uma garota?”
“Pai!!” Ongsa grita.
“Para quem?”
“Quem mais seria?!!”
“Ah… Então você quer mesmo fazer isso por uma garota, hein? Hahaha.”
“Pai!! Eu quero aprender.” Ongsa se sente ainda mais envergonhada quando é pega. Além de seus amigos da escola, o pai dela gosta de provocá-la sobre a Sun. Ele a provoca todos os dias e em todas as chances que tem.
“Vamos. Vou te ensinar. Te ensinarei tão bem que a Sun cairá de joelhos por você.” Aí está. Ela está provocando-a de novo.
“Não é tão sério. Quero só aprender uma música.”
“Uma música? Qual?”
Ongsa tira do bolso as anotações que a Deer deu a ela ontem para verificar qual música ela escolheu. Ongsa estava tão chocada com toda a lista que não leu todos os detalhes.
“Uau. Isso é uma surpresa de Dia dos Namorados ou um pedido de casamento? Tantos detalhes.”
“Paiii!! Para de xeretar.” Ongsa grita de novo quando seu pai estica o pescoço para ler as anotações em sua mão. Ele não precisa se aproximar muito porque Deer escreveu o título no centro com uma letra gigante.
‘Os Detalhes da Surpresa para a Sun de Dia dos Namorados’
“Certo, certo. Meu violão está no quarto. Vá buscar. Estou quase terminando meu trabalho. Te ensinarei mais tarde.”
“Por que está no seu quarto? Vi outro dia que estava aqui.”
“Não posso tocar violão às vezes para sua mãe? Você não é a única que quer fazer isso para uma garota.”
“Você continua me provocando. Não vou mais falar com você. Hmph!!” Ongsa faz cara feia para Nop e sai para pegar a guitarra. Apesar do seu grito, Ongsa acha que seu pai é um homem romântico. Seus pais estão casados há quase vinte anos, e ele ainda toca violão para sua mãe. Um dia ela será tão romântica quanto seu pai…?
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Tocar guitarra não é fácil, mas não é tão difícil quanto Ongsa esperava. Apesar dos dedos inchados por dedilhar os acordes, Ongsa acha divertido tentar algo novo. Após duas semanas, ela consegue tocar a música escolhida. Ela pode cometer alguns erros, mas é bom o bastante para uma garota como ela.
Tocar violão não será um problema. Ela vai melhorar antes do Dia dos Namorados. O problema é o resto da lista. Há várias coisas para serem preparadas. É difícil o bastante achar tudo, mas de onde ela vai tirar dinheiro para comprar tudo isso?
Ongsa tenta economizar cada centavo, e ainda assim não parece o suficiente. Ela provavelmente terá que pegar emprestado com Alpha.
“Ongsa.”
“Sim, mãe?”
“O Dia dos Namorados é daqui duas semanas, né?”
“Sim.” Ongsa se questiona sobre o porquê de sua mãe estar perguntando isso.
“Fiquei sabendo que você vai tocar violão para a Sun.”
“Paiiiii!!!” Ongsa grita imediatamente, mesmo ele não estando ali. Ela disse para ele manter segredo. Por que ele contou para a mãe?
“Poupe-o. Eu mesma perguntei a ele. Notei você no escritório todas as tardes e queria saber o que você estava tramando, então perguntei a ele.”
“Hmph!” Apesar da explicação, Ongsa está chateada com seu pai.
“Fiquei sabendo que você está se preparando bastante para a surpresa.”
Aí está. Ele contou tudo para ela. Meu Deus. Ongsa não contará mais nada para ele. Espere e verá.
“Você tem muito o que preparar. Tem dinheiro o suficiente?”
Uau… Sua mãe tampa o caixão.
Ongsa fica mais estressada do que antes. Se sua mãe descobrir que ela gastou todas as suas economias na surpresa para a Sun, ela vai repreendê-la.
“Ah… bem…” Ongsa tenta se explicar, mas seu cérebro para de funcionar.
“Eu te dou mesada para comprar comida na escola. Não troque suas refeições por outra coisa.”
Pronto. Ongsa está sendo repreendida.
“Você é pequena. Toda ossuda. Como seu cérebro será nutrido se não comer?”
Sua mãe deve tê-la notado devorando o jantar como uma maníaca e assumiu que ela pulou o almoço para economizar para a surpresa da Sun.
“Não pule refeições, entendido?”
“Tá bom…” Ongsa abaixa a cabeça culpada, pensando no que fazer com sua vida. Ela nem sabe se tem dinheiro suficiente para comprar tudo após ter pulado tantas refeições. Agora sua mãe a pegou. O plano será um fracasso.
“E isso… é para você. Pense nisso como um pedido de desculpas por ter causado a briga entre você e a Sun.”
Ongsa olha para cima após ouvir isso e vê sua mãe segurando duas notas cinzas.
“Mãe… isso é muito.”
“Pegue. Quero te dar, e só desta vez. Não farei isso de novo na próxima.”
“…”
“É o primeiro Dia dos Namorados de vocês juntas, né?”
“Sim.”
“Então é melhor impressioná-la, Ongsa. Não compre para ela lótus sagradas ou a leve para um restaurante de macarrão com frango da esquina como seu pai fez.”
Parece que sua mãe não tem uma boa memória sobre seu primeiro Dia dos Namorados –”
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Finalmente, o dia chegou. Ongsa está superanimada. Ela espera que o plano seja um sucesso. Ongsa pega emprestado a sala do conselho estudantil para a surpresa da Sun. Como a mentora por trás de tudo isso é a Deer, que ama ler novels (mas a Ongsa não sabe), tudo parece grandioso e magnífico.
Tinh observa sua melhor amiga carregar um monte de coisa para dentro da sala do conselho estudantil e não consegue deixar de admirá-la.
“Uau, são presentes de Dia dos Namorados ou kits de sobrevivências para aqueles que sofrem com a enchente?”
Tinh não quer zombar ou ficar com inveja, mas isso dói. Ongsa já é irritante o bastante por ser a única da gangue que está em um relacionamento, e agora ela está os fazendo ajudar na surpresa para sua namorada. Que ser humano impiedoso. Ela não se solidariza com os solteiros. Isso clama por uma revanche.
“Se namorar é esse tormento, talvez seja melhor ficar solteira para sempre.” Charoen reclama, mas ainda assim aceita as coisas da Ongsa para decorar o lugar.
Como o plano da Ongsa é épico, vai demorar para preparar tudo.
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Sun está um pouco irritada que Peem de repente requisitou sua presença na sala do conselho estudantil após as aulas, dizendo que havia um problema com o documento de um projeto que eles apresentaram para a escola. O problema é que ela tinha planos com a Ongsa. Embora Sun tenha dito a ela que poderia se atrasar, ela não quer que sua namorada espere muito.
… É um dia importante, afinal…
Quando Sun empurra a porta, ela sente algo incomum. A sala do conselho estudantil que ela está familiarizada não é essa. O que é isso? Balões estão espalhados pelo chão todo e as paredes estão decoradas com fitas com as cores do arco-íris. A mesa de reuniões do centro foi substituída por um longo banco que a Sun se lembra ser da cafeteria.
Dado tudo isso, Sun imagina o que está prestes a acontecer.
Sun nunca imaginou que ela faria coisas assim. Sua namorada.
Sem desperdiçar um segundo sequer, Ongsa sai da sala adjacente com um violão em mãos. Ongsa sabe tocar violão? Sun nunca soube disso.
“Ah… Sun…”
Sun sabe que está corando, mas a garota na sua frente parece pior. O rosto de Ongsa fica carmesim antes de fazer qualquer coisa. Olha ela se contorcendo. Isso faz Sun querer provocá-la.
“O que foi, minha namorada?”
“- ////// -“
“O que foi? Estou ouvindo. Me diga o que quer dizer.”
Em vez de responder, Ongsa segura a mão da Sun e a guia até o banco no centro da sala. Elas se sentam.
“Vai tocar violão, bebê?” Sun pergunta. Sun não costuma falar docemente, só quando fica pegajosa ou quer provocar Ongsa. Como agora. Ongsa é fofa quando fica envergonhada.
“Sim.”
“Nunca imaginei que você sabia.”
“Eu não sei.”
“Ah…”
“Mas vou tentar por você.”
“- //// -”
“Pode não olhar para mim?”
“Hein?”
“Fico com vergonha quando você me encara assim.”
E essa é a Ongsa. Elas estão namorando há meses, mas ainda assim ela é desse jeito.
“Tudo bem.” Sun não vai olhar, mas apoia a cabeça no ombro da Ongsa.
“…”
“Vá em frente. Estou ouvindo.”
Leva um tempo para Ongsa se recompor e começar a dedilhar o violão.
“♫… ♪ … Eu sei e entendo que você também sabe e entende
Que a pessoa que sou atualmente não é a melhor versão…”
Sun não sabe se as primeiras linhas da música fazem parte da letra ou são uma confissão.
“♫… ♪ … Eu sei e entendo que às vezes você não aguenta
Minha personalidade
Às vezes estou muito confortável sendo eu mesma
Espero que não me deixe
Quero ser melhor para tranquilizá-la
Todos os dias, por você, posso fazer isso
Quero ser melhor para fazê-la entender
Que serei uma pessoa melhor
Não precisa ficar chateada ou fazer qualquer pedido
Eu te amo verdadeiramente. Sem mentiras. Você sabe que não estou brincando
Fixe seus olhos nos meus
Acha que eu mentiria para você?
Não farei rodeios apesar da minha confusão
Mas confie em mim. Confie em mim. Tente
Às vezes estou muito confortável sendo eu mesma
Espero que não me deixe
Quero ser melhor para tranquilizá-la
Todos os dias, por você, posso fazer isso
Quero ser melhor para fazê-la entender
Que serei uma pessoa melhor
Não precisa ficar chateada ou fazer qualquer pedido
Não importa o quão difícil seja, não tenho medo. Isso é por você, minha querida
Não importa o quão cansada eu esteja, mudarei para melhor
Não serei boba como antes. Não vai demorar nem será uma perda de tempo. Por favor, confie em mim
Quero ser melhor para tranquilizá-la
Todos os dias, por você, posso fazer isso
Quero ser melhor para fazê-la entender
Que serei uma pessoa melhor
Não precisa ficar chateada ou fazer qualquer pedido… ♪”
A voz e o som do violão se dissipam. Apenas a cantora inclina a cabeça com expectativa para olhar para a ouvinte.
Sun se endireita, fixa o olhar em Ongsa e fala.
“Foi incrível…”
“- //// -“
“É incrível você ter planejado cantar. Você não sabia que é desafinada?”
“T^T”
É Ongsa que costuma arruinar o clima, então Sun revidou hoje. Porém, ela não consegue evitar sentir pena dela.
“Mas eu gosto.”
“Você gosta de mim?” Que dor.
“Eu gosto da música, não de você!!”
“Ugh… Que pena.”
“Mas eu te amo.”
“- //// -”
Um tiro na cabeça.
“Tenho algo para você, Sun.” Ongsa muda de assunto, se recompondo, e pega o que ela preparou para a Sun.
“Feliz Dia dos Namorados.” Ongsa segura um enorme buquê. Sun aceita porque as mãos da Ongsa estão trêmulas. Deve ser o nervosismo.
“Bem… Eu não sabia muito bem o que comprar, então pedi alguns conselhos para a Deer…”
Após ouvir que a Ongsa pediu conselhos para a Deer, Sun imediatamente entende o porquê Ongsa preparou tudo isso. De todas as pessoas, ela consultou uma garota sonhadora como a Deer. Ela provavelmente tirou isso de uma de suas novels.
“Que tipo de flor é esta?”
Sun faz a pergunta porque não é um buquê de rosas, lírios ou tulipas, os tipos populares para o Dia dos Namorados. Sun não sabe muito sobre flores. Ela não faz ideia qual o tipo que ela tem em mãos.
“Leia o cartão.” Ongsa responde.
Se Ongsa não falasse, Sun não notaria o pequeno cartão pendurado no buquê.
“… Na linguagem das flores…
‘Gérbera’
Significa
Você é o sol da minha vida’’
Tímida… isso mesmo, Sun está se sentindo tímida. Ela sabe que está corando por causa da mensagem no cartão da Ongsa. Ela é uma garota tão boba. Sun nunca esperou ver este lado dela.
“Este é seu presente.” Ongsa entrega uma pequena caixa para a Sun. É tão pequena que Sun não notou que Ongsa tinha trazido com o buquê.
Sun observa o presente e tenta adivinhar o que pode caber em uma caixa do tamanho da palma da sua mão.
“Posso abrir?”
“Sim.”
Com isso, Sun gentilmente desembrulha a caixa. Quando remove, revela uma pequena caixa de papel dentro. Sun abre e encontra uma caixa de veludo vermelho comumente utilizada para armazenar joias.
“Levei um bom tempo para escolher, com a ajuda da Charoen. Eu achei que este combinaria mais com você.”
Ongsa até mesmo explica rapidamente, com medo de Sun não gostar. Ongsa não sabe que Sun adora tudo que ela escolhe?
… Porque ela simplesmente ama a pessoa que está dando…
Julgando pelo tamanho, deve ser um anel. Vamos ver se Ongsa mediu o dedo dela corretamente.
“Ongsa…” Sun fica chocada com o que vê dentro.
“O que achou…? Não gostou? Mas acho que combina com você. Ganesha é o deus do sucesso. Tudo o que você fizer será bem-sucedido.”
É uma ótima explicação, mas quem diabos disse a ela para dar um objeto sagrado para a namorada no Dia dos Namorados?!!
“Hahaha. Estou brincando. Meu pai teve mérito na empresa e trouxe isso para você.”
“Sua idiota!!” Ongsa é uma otária.
“Meu presente para você é este aqui.” Ongsa coloca a mão no bolso da saia e tira outra coisa.
… Um bracelete…
“Estique o braço. Vou colocar em você.”
“…” Sun fica em silêncio, mas faz o que foi pedido.
“Fofa, né?”
Ongsa até elogia a si mesma.
“Está dizendo que você mandou bem escolhendo isso?”
“Não. Não estou falando do bracelete…”
“…”
“Estou falando de mim.”
Sun de repente sente vontade em ser solteira – -”
“E… meu presente?” Ongsa estende as mãos.
“Nada.”
“Ah… como assim? Sou sua namorada. Esqueceu?”
“Está na minha bolsa. Te darei quando for para casa.”
“Não. Eu quero agora.” Ongsa choraminga.
“Você acha que está sendo fofa?” Sun zomba.
“Você me ama ou não?”
“Hmph!!”
“Cadê meu presente? Meu presente!!”
“Te darei quando for para casa.”
“Eu quero agora.” Ongsa continua choramingando.
“Vou lá buscar então.”
“Não vá.”
“Hein?!!” Sun não sabe mais o que fazer para agradar sua namorada.
“Me dê o que pode agora.”
“O que você quer, Ongsa?”
Ongsa faz uma cara sapeca e aponta para a própria bochecha.
“Não.” Sun rejeita imediatamente.
“Preparei tanta coisa para sua surpresa. Foi exaustivo.”
“Quem mandou você fazer isso?”
“Eu dormi tão tarde noite passada e acordei tão cedo para ir buscar o buquê.”
Ongsa continua resmungando triste.
“Além disso, pratiquei violão com meu pai todos os dias. Meus dedos ficaram cheios de calos, mas aguentei porque queria tocar para minha namorada. Mesmo minha namorada tendo dito que eu desafinei, eu ainda queria fazer isso.”
Ela não está se segurando.
“Eu fiz tanto, pensando que minha namorada ficaria feliz e impressionada, algo assim. Mas não… Que desanimador.”
Que dramática.
Muah~~
Sun beija a bochecha de Ongsa rapidamente antes que ela fique mais dramática.
“Feliz agora, minha namorada? Pare de reclamar.”
“Não. Também quero um aqui.” Ongsa aponta para os lábios.
“Você é gananciosa.”
“Por favorrrrrrr.”
“Não!!”
Sun ainda recusa. Tudo bem Sun recusar porque Ongsa pode dar a ela esse presente. Mesmo ela sendo desajeitada, ela é uma desajeitada de nível superior. Ela não vai ficar sentada feito idiota e deixar a chance escapar.
Com este pensamento, a garota desajeitada se aproxima da garota mais linda da geração.
“O que está fazendo?”
“Te dando um presente.” Ongsa sorri, se aproximando mais, hipnotizando Sun com seus olhos. Ongsa pode ser péssima em outras coisas, mas não nisso.
RRRrrrrrrrrrrrrrrr
Como em outras novels, um celular vibra e interrompe a cena.
Sun timidamente afasta Ongsa, percebendo o que estavam prestes a fazer.
Sun e Ongsa procuram o celular, e, aparentemente, não é o delas.
A porta se abre. Sun e Ongsa se viram para o visitante.
“Aaaaaaaah, meu celular está aqui. Estava procurando por ele.” A voz aguda de Tinh faz Ongsa perceber que não era uma coincidência.
“Estou saindo, meninas. Por favor, continuem. Vou trancar a porta para vocês.”
Tinh se foi. Ongsa se vira para Sun, que desvia o olhar antes de falar.
“Vou lá buscar seu presente.”
Antes de Ongsa responder, Sun sai em disparada da sala. A chance que Ongsa estava esperando há um mês foi arruinada por um toque de celular.
“Tinh, seu pedaço de merda!!!”
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
“Ongsa, o que a Sun te deu ontem?” Charoen pergunta enquanto os três melhores amigos estão a caminho da cafeteria.
“Carne de porco crocante.”
“Hein?!! Carne de porco crocante?”
“Sim, carne de porco crocante. Por quê?” Ongsa pergunta de volta. Ontem, quando Ongsa soube que o presente da Sun para ela era carne de porco crocante, ela não pôde segurar as lágrimas. Era carne de porco crocante. Carne de porco crocante caseira feita pela Sun. Além disso, o sabor estava magnífico.
“Nada. Só perguntando.” Charoen diz, embora ainda seja estranho para ela. Hoje em dia eles dão carne de porco crocante no Dia dos Namorados? O mundo progride tão rápido que Charoen já não consegue acompanhar.
“Que estranho…” Ongsa diz, olhando em volta.
“O que é estranho?” Charoen pergunta.
“Sinto que tem alguém me encarando. Tem algo no meu rosto?” Ongsa se vira para seus amigos. Antes que eles digam uma palavra, alguém chama por eles.
“Tinh, Charoen, Ongsa.”
“Pai, oi.” Os três melhores amigos cumprimentam quando avistam a pessoa.
“Na hora certa. Eu ia ligar para vocês.”
“O que foi, Pai?” Tinh pergunta.
“Vocês têm planos para estas férias?”
“Tem um acampamento organizado pelo conselho estudantil e o cursinho. Por que, Pai?”
“O Sr. Vichit precisa de pessoas para olhar os estudantes da oitava série e do primeiro ano no acampamento de orientação de Songkran. Se estiverem livres, poderiam dar uma mão a ele? Eu participo todos os anos, mas vou me formar este ano. Não poderei ajudá-lo.”
“Teremos que pedir para nossas famílias primeiro. Te mando mensagem mais tarde.” Tinh responde por todos eles.
“Beleza. Me dê uma resposta depois. Tchau.”
A sênior diz e se afasta. Ela então se lembra de algo e dá meia volta.
“Ah… Ongsa, você arrasou ontem. Eu costumava me perguntar o motivo da Sun gostar de você. Agora sei que você é maneira. Vou nessa. Até mais.” A sênior dá um joinha para Ongsa e vai embora, deixando-a confusa sem entender o que ela quis dizer. Ongsa se vira para perguntar a Tinh e Charoen e os encontra inquietos. Eles sem dúvidas são suspeitos. Ongsa perdeu alguma coisa?
“Vocês têm algo para confessar?” Ongsa pergunta.
“Eu não tive nada a ver com isso.” Charoen dispara.
“E você, Tinh?” Ongsa muda de alvo.
“Prometa que não vai brigar comigo.”
Culpado!!
“Não, não vou. Agora me diga o que você fez.” Ongsa promete.
“Bem… ontem, quando eu disse que esqueci meu celular, eu estava mentindo. Eu deixei lá de propósito.”
Como esperado. Ongsa assumiu que Tinh tinha planejado algo para zoar ela. Ele poderia ter espiado de fora.
“Eu te filmei.”
“Hein?!!!” Isso está além do que Ongsa esperava. “Não me diga que gravou tudo e mostrou para o conselho estudantil.”
“Não, não. Eu não fiz isso.” Tinh nega.
“Então o que…”
“Eu entrei ao vivo no Facebook. Eu liguei para meu próprio número quando você estava prestes a beijar a Sun e entrei rapidamente para pegar meu celular.”
“Puta merda!!!”
“Você prometeu que não brigaria comigo.”
“Certo!! Eu prometi, mas não prometi que não te mataria. Morra, seu amigo lixoso!!””
“Ahhhhh, Ongsa, não me enforque. Cof, cof. Charoen, me ajuda.”
“O que vai volta.” Charoen lamenta a situação na frente dela. Tinh provavelmente não vai sair vivo hoje, e Ongsa será assunto na escola por vários dias…
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