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Tradução: Gabrielfsn | Revisão: littlemarcondes
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Crime e Punição
※Antes de ler esta história, é recomendado que se tenha lido até o final da parte 2 (Capítulo Final – O Futuro da Humanidade) da Web Novel / o Volume 5 da Light Novel.
※Aviso de descrições eróticas. Aqueles menores de 18 anos devem se abster da leitura.
***
“Hm, Mamãe Claire?”
“Podemos perguntar uma coisa?”
Eu estava aproveitando o chá que a Rei fez para mim depois do jantar, até que Mei e Alea se aproximaram.
“Sim, queridas?”
“Nós escutamos uma palavra que não conhecemos.”
“Pode nos dizer o que significa?”
As duas são crianças estudiosas. Elas aprendem muitas palavras novas brincando com as outras crianças na vizinhança e, como resultado, possuem um vocabulário maior que a maioria das crianças na idade dela. Apesar disso, eventualmente elas se deparam com uma palavra que não conhecem e vêm até mim. Me pergunto o que será desta vez.
“Qual é a palavra?” Eu perguntei
“Hm…”
“O que era mesmo?” Alea perguntou à sua irmã. “‘Aéreo’? ‘Asserio’?”
“Aéreo” tudo bem, mas “asserio” é uma palavra bastante incomum para uma criança aprender.
“Ah, lembrei, Alea! É ‘adultério’!”
“Isso!”
“Mbh!?” Eu quase cuspi todo o meu chá. “Onde vocês ouviram tal palavra?”
“O pai do Ted fez ‘adultério,’ então Ted e a mãe dele vão para a casa do vovô e da vovó,” Alea respondeu.
Mei olha para mim confusa. “Eu não entendo. ‘Adultério’ é uma briga?”
“U-uhm, bem…”
Ted era um garoto da vizinhança que frequentemente brincava com elas e as demais crianças. Mei e Alea são muito amigas do Ted, então faz sentido elas ficarem curiosas sobre as circunstâncias em torno dele.
“Ainda é muito cedo para vocês aprenderem essa palavra,” eu disse.
“É muito difícil para nós? Poderia explicar de um jeito fácil?” Mei perguntou.
“Nós faremos nosso melhor para entender, Mamãe!”
“Não, não é isso, er…” Eu estava conflitante se essa palavra era inapropriada para crianças na idade delas. Eu tentei pensar em uma maneira de mudar de assunto quando—
“Adultério é quando uma pessoa casada possui um relacionamento com alguém além da pessoa que ela está comprometida.”
“Rei!?” Eu exclamei.
Ao terminar de limpar a louça, Rei veio para a sala de jantar e falou com toda a naturalidade do mundo. Eu a encarei, e ela me respondeu com um sorriso irônico.
“Não adianta tentar enganá-las, Senhorita Claire. Essas garotas são espertas; se não contarmos, elas apenas irão perguntar a outra pessoa.”
Eu concordo com ela, nossas meninas são espertas. Talvez seja melhor nós mesmas ensiná-las adequadamente antes que elas escutem explicações dúbias de outras crianças.
“Eu achava que só pessoas que se amam se casavam.” Mei disse.
“Como a Mamãe Claire e a Mamãe Rei.” Alea complementou.
“Correto.” Rei respondeu.
“Mas então por que alguém amaria outra pessoa estando casada?” Mei perguntou.
“Isso é estranho.” Alea adicionou.
As duas fizeram expressões que demonstram claramente sua falta de entendimento. Eu me senti orgulhosa de saber que elas pensam que para mim e Rei, adultério é algo impossível na visão delas. Nós duas nunca trairíamos a outra, afinal.
E então eu me recordei de um certo evento que aconteceu há muito tempo.
Uma… intimidade física… não é adultério… é?
Meu corpo congela.
Aquele incidente que ocorreu quando Rei e a Papa trocaram de lugar foi adultério… não foi?
Inconsciente da minha agitação interior, Rei continuou explicando à Mei e Alea, dizendo, “Normalmente, as pessoas não cometem adultério. Mas às vezes as coisas não vão bem com a pessoa que você se casou, ou você se deixa levar pelo momento e comete um erro.”
“Vocês duas fazem isso?” Mei perguntou.
“Não, nossas mamães estão sempre juntinhas, não é?” Alea perguntou.
“Isso mesmo. Nós duas nunca faríamos isso porque nós sempre estamos juntinhas!” Rei me envolve com seus braços e beija minha cabeça.
Normalmente, eu ficaria embaraçada e lhe daria um golpe na nuca, mas agora não é hora para isso.
O que eu faço? Eu pensei. Devo contar a ela?
“Alea e eu também nunca faríamos isso!” Mei declarou.
“Isso mesmo! Nós também ficamos sempre juntinhas!”
“Aww, isso é ótimo,” Rei disse. “Mas nosso ‘juntinhas’ é um pouquinho diferente.”
“Não é não! Não é, Alea?”
“Sim!”
As duas se olham e sorriem.
Se eu estivesse escutando com atenção, eu acharia suas últimas palavras de certa forma estranhas, mas eu não estava em condição de reparar.
“Mas eu acho que entendo. Adultério é uma coisa ruim, né?” disse Mei.
“E por isso a mãe do Ted ficou zangada?” Alea perguntou.
“Exatamente. Então é melhor vocês serem fiéis se algum dia se apaixonarem por alguém.” Rei disse.
“Fiéis?” Mei perguntou, confusa.
“O que isso significa?” perguntou Alea.
“Significa prezar muito alguém.” Rei respondeu.
“Ah, sim!”
“Entendi, mamãe!”
“Que bom. Muito bem, acho que está na hora das duas irem para cama.” Rei pediu.
“Certo, boa noite, mamães!”
“Boa noite, mães!”
As gêmeas retornaram ao quarto delas enquanto sonolentamente coçavam seus olhos. Rei e eu estávamos sozinhas agora. Minha mente estava uma bagunça, repleta de pensamentos dolorosos, até que de repente ela me chamou.
“Senhorita Claire?”
“Hã? Ah, s-sim, Rei?”
“Você está escondendo algo, não está?”
Eu fiquei sem palavras. Ela reparou que havia algo de errado comigo, o que eu já deveria ter esperado. Ela é esperta, especialmente quando se trata de mim.
Eu começava certas frases, mas parava logo em seguida, insegura sobre admitir o que aconteceu naquela noite.
“Senhorita Claire. Você fez algo o qual se sente culpada?”
“N-não, não fiz nada…”
“Tudo bem. Eu não vou ficar zangada. Eu sei que você nunca faria algo intencionalmente.” Rei sorriu enquanto falava, mas eu pude perceber que era forçado. Que horrível da minha parte fazer a pessoa que mais amo no mundo forçar um rosto desses. Eu devo ser transparente.
“Eu juro… que você é a única para mim, Rei,” eu comecei.
“Eu sei.”
“M-mas, erm… você lembra quando Sua Santidade e você tiveram que trocar de lugar por um tempo?”
“Sim?”
“Bom, Sua Santidade e eu compartilhamos a mesma cama, e—”
“Ahh, foi só isso? Não é nada demais.” Rei suspirou com alívio apesar de eu não ter terminado. “Eu posso ficar com ciúme facilmente, mas algo como compartilhar uma cama não é problema!”
“M-mas, Rei—”
“Além disso, você não tinha outra escolha. Só havia uma cama no nosso quarto.”
Não… Não foi isso, Rei.
Me dói ter que desanimá-la de novo, mas eu já decidi que contarei a verdade. “Hm… Rei?”
“Sim, Senhorita Claire?”
“N-nós não apenas… compartilhamos uma cama juntas.”
“…Quê?” A voz e os olhos de Rei viram gelo repentinamente. “Cuidado com suas próximas palavras. Nem eu sei o que eu farei dependendo do que escutar.”
“Não foi de propósito! Sua Santidade simplesmente me beijou de repente do nada e disse algo como ‘intimidade física não é traição,’ e—” Eu comecei a chorar enquanto me confessava. Realmente foi inesperado. Talvez o que aconteceu no orfanato tenha estimulado Sua Santidade ou algo assim. Ela sempre foi desvinculada da realidade.
Rei pensou profundamente por algum tempo, até que acenou e disse, “Entendo. Obrigada por ser honesta comigo.”
Ela fez um leve sorriso.
“Não está zangada?” eu perguntei.
“Eu entendo que não foi sua intenção.”
“Mas… Eu não te contei esse tempo todo. Eu fui infiel.”
“Nós estávamos realmente muito ocupadas naquela época, não? Tenho certeza que você queria, mas apenas não conseguia encontrar o momento certo.”
“Sim, mas…”
Rei está sendo gentil com suas palavras, mas tamanha gentileza apenas faz eu me sentir pior. Talvez ela tenha sentido isso ao mudar sua abordagem.
“Senhorita Claire, eu tive uma ideia. Se as coisas continuarem assim, você provavelmente continuará se sentindo culpada, estou certa?”
“Suponho que sim…”
“Então deixe-me aplicar uma punição.”
“Uma p-punição?”
“Sim.”
“T-tipo o quê?”
“Eu pensarei em algo. Por enquanto, vamos suspender essa conversa.”
“…Muito bem.” Eu não tinha desejo de me defender. Rei merece me punir, pois nenhum crime é impunível.
“Ah, e Senhorita Claire?”
“Sim?”
“Prepare-se.”
“Se é isso que deseja.”
Eu não tinha ideia de que sua punição seria algo como aquilo.
◆◇◆◇◆
É de noite. Uma semana se passou desde quando foi decidido que eu teria uma punição.
“Senhorita Claire?”
“Sim, Rei?” Eu estava me olhando no espelho e escovando meus cabelos, quando Rei falou comigo da cama.
“Você ainda se lembra da punição sobre a qual conversamos?”
“…Como poderia esquecer?”
Então o dia finalmente chegou. Eu guardei minha escova e olhei para Rei.
Nesta última semana inteira, eu estava em uma cama de agulhas. As reuniões referentes ao sistema de loop e meu trabalho da Academia Real me distraíam um pouco, mas eu era atacada com culpa por ter magoado Rei em todo tempo livre. Ela agiu como se nada tivesse acontecido, mas isso apenas piorou as coisas.
“Sua punição está pronta. Podemos começar?”
“Muito bem.” Eu me compus enquanto me levantava da cômoda e fazia meu caminho até Rei que estava na cama. “O que você quer que eu faça?”
“Bom… a princípio, pode colocar isso ao redor do seu pescoço?”
“Hm?” Eu observei o item que Rei me deu: um objeto preto em forma de anel com um lustro metálico. Havia um trinco nele, como uma gargantilha. “Hm, o que é isso?”
“Não se preocupe com isso.” Ela disse. “Coloque-o para que possamos ficar mais… íntimas.”
Íntimas—uma palavra tão inócua que mal se aproxima do que estava prestes a acontecer. Mas dormir com Rei não significava uma punição para mim; ela realmente estava bem com isso? Se havia uma punição, deveria ser algo relacionado a este objeto em forma de anel. Mas apenas pensar nisso não me levaria a lugar algum, então por agora eu decidi colocar.
Apesar da aparência pesada, o objeto é bem leve—um pouco gelado, mas com um encaixe perfeito.
“Eu coloquei… E agora? Fazemos o de sempre?” Eu perguntei.
“Sim. Ah, e mais uma coisa. Hoje eu serei a ‘tachi’.”
“‘Tachi’… A parceira ativa, no caso. Isso faz de mim a ‘neko,’ se bem me lembro, correto?”
“Você aprende rápido.”
Rei abriu seus braços, me recebendo. Meu coração acelera ao confiar meu corpo a ela.
“Permita-me me desculpar de antemão, Senhorita Claire.”
“Por que você deveria se desculpar? A única culpada aqui sou eu.”
“Não. A única culpada daquela noite é a Sua Santidade.”
“Então… por que a punição?”
“Eu só queria me aliviar um pouco. Novamente, me desculpe.” Terminando o assunto assim, Rei rouba meus lábios.
E foi quando eu senti.
“Mh!? Mhn!?”
Não foi nada além de um leve beijo preliminar, e mesmo assim me trouxe profundo prazer—causando arrepios em minha espinha. Eu sinto meu corpo amolecer.
“Como se sente?”
“Rei… o que foi isso?”
“Este colar que você colocou possui funcionalidades interessantes. A que você acabou de experienciar lhe permite sentir prazer vinte vezes mais intensamente.”
“C-como isso—mhn!”
Rei me beija novamente, me atacando com um prazer indescritível.
“Eu pedi a TAIM para fazer isso para mim. Ela foi muito a favor quando eu expliquei à ela.” (NT: TAIM é a sigla em inglês da IA responsável pelo sistema de loop)
“A-aquela IA maldita!” Eu passei a entender o que é uma IA após estudar um pouco o sistema de loop. O que a TAIM estava pensando ao construir isso?
“Aww, Senhorita Claire… tudo que fiz foi beijá-la e você já parece devastada. A noite está apenas começando.”
“R-Rei… n-não pense que eu a perdoarei por esta humilhação tão facilmente!”
“Nossa, já esqueceu? Esta é sua punição. Agora me mostre,” ela disse, diminuindo sua voz até se tornar um sussurro em meu ouvido, “até que ponto esta sua humilde fachada pode ser quebrada.”
“Ahn, nhn… P-por quê? S-só a sua voz…”
“Ah, esqueci de mencionar, mas não é só o prazer físico que é multiplicado, mas o psicológico também.”
“N-não pode ser!”
“Agora, Senhorita Claire. Podemos começar a agir sério?” Rei me deu um sorriso de mau agouro e tirou meu pijama, peça por peça.
“Ngh… Ahn… Unh…” Até mesmo ser despida força gemidos da minha boca, a sensação de roupas deslizando contra minha pele é demais. Eu não consigo evitar de me estremecer enquanto ela retira meu sutiã e calcinha, a sensação deles deslizando contra minhas partes íntimas foi quase o suficiente para eu chegar no limite. “Suas roupas…”
“As minhas? Não se preocupe, eu posso me despir sozinha. Na verdade, eu duvido que você consiga me despir no estado que está agora.” Rei riu enquanto tira suas roupas. Sua pele nua, perfeita como a de uma fada, nunca falha em me deixar sem fôlego. Mas ela está ainda mais cativante hoje. Suas pernas e braços delicados, sua cintura esbelta, seus seios modestos, sua linda parte íntima —são coisas demais para assimilar.
“Você está tão fofa, Senhorita Claire.”
“Eh—Pare com isso… Você só está me provocando.” Não importa como você enxerga, Rei é a fofa.
Apesar do que eu disse, Rei faz um largo sorriso e diz, “Não, é sério. Você é sempre fofa, mas hoje você está especialmente fofa.”
“Mhm!”
“Não vai me mostrar mais da sua fofura?” Rei me envolve em seus braços e se aproxima para um beijo profundo, entrelaçando nossas línguas, misturando nossas salivas.
“N-não! Rei… Isso é demais! Apenas beijar já é bom demais…” Eu supliquei à Rei, ofegante ao quase chegar ao clímax com seu beijo. É demais; Não consigo mais suportar.
“Hee hee, está bem. Vá em frente e goze.” Ela riu em tom de brincadeira antes de me beijar ainda mais intensamente. Nossas línguas se encontram novamente enquanto nossos lábios se encostam, o que me causa uma sensação chocante, como se apenas nossas línguas tivessem se tornado lábios. O prazer é avassalador, sua fonte não vem de minhas partes baixas, mas sim da minha cabeça.
“N-não, Rei!”
“Por favor, Senhorita Claire… mostre-me mais do seu lado fofo.” Rei estava mais persistente e incessante que de costume. Ela me beija selvagemente, diferente dos beijos suaves que ela costuma me banhar. Eu não sabia que beijos assim existiam. Ela estava se segurando por mim esse tempo todo? Eu sinto algo inquieto arder dentro de mim, ameaçando explodir.
“R-Rei, eu não consigo! E-eu vou gozar!”
“Tudo bem, Senhorita Claire. Apenas se entregue em meus braços…”
A agitação ardendo dentro de mim perde o controle, procurando por uma saída enquanto percorre minha espinha. Incapaz de resistir, eu me agarro a Rei e me estremeço. “Aaahhhh!”
“Haah… Haah…”
“Heh heh… Você foi tão fofa agora, Senhorita Claire. Você realmente gozou apenas com meus beijos?” Ela falou como se estivesse confortando uma criança enquanto alisa meus cabelos. É difícil imaginar que ela estava me beijando tão obscenamente há poucos momentos atrás com esse sorriso gentil e satisfeito que ela está agora.
“Rei… Esta coisa é perigosa. Tenho medo de pensar no que acontecerá se eu for tocada em qualquer parte do corpo agora…”
“Mas é exatamente isso que eu pretendo fazer.”
Eu cometi um grave equívoco. Aquele sorriso não era de gentileza, mas sim de absoluta confiança na dominância que ela tem sobre mim. Ela está aproveitando ao máximo brincando comigo.
“Rei… vamos parar. Eu não consigo mais continuar… É excessivo.” Eu supliquei com lágrimas nos olhos. Normalmente, ela pararia quando eu pedisse.
Mas Rei simplesmente riu em um tom provocativo, “Não seja assim… Esta é a sua punição, então por favor, se esforce para suportá-la.”
“Você não está de fato zangada, está?” Eu perguntei cautelosamente.
“Nem um pouco! Hmph!” ela disse, virando sua cabeça bufando.
Então ela está zangada, afinal!
“Hm, Rei? Eu sei que eu disse que me submeteria a esta punição, mas não podemos fazer algo dife—”
“Não.”
“Imaginei…”
“Especialmente não quando estamos na melhor parte.” Rei lambe seus lábios antes de pousar beijos em meu pescoço. Eu me encontro novamente surpresa com a intensidade que sinto.
“Mhn… Rei…”
“Você é tão adorável, Senhorita Claire… Está gostando?” Ela me cobre com beijinhos, gradativamente fazendo seu caminho cada vez mais embaixo do meu corpo. Eu senti ela se aproximando dos meus seios e fechei os olhos com ansiedade.
“Heh heh… Eu não lhe tocarei aqui hoje. Ao invés disso, acho que vou exaustivamente lhe causar prazer aqui.”
“Quê?” Eu abri meus olhos e vi o rosto de Rei entre as minhas pernas. “Eh—Rei, espere, pare!”
“Nananinanão. Tarde demais!” Rei agarrou minhas coxas para me impedir de escapar e aproximou seu rosto.
Eu sinto minha consciência afundar por um momento. “Haah, ahn!?”
“O que achou, Senhorita Claire? Tem algo a dizer sobre sentir a sua parte mais delicada receber prazer vinte vezes mais intensamente?” Ela falou enquanto lambe a entrada. Minhas costas arquearam como uma ponte ao sentir a textura rígida de sua língua se esfregando na parte mais sensível do meu corpo.
“E-espere, Rei, eu não consigo… Isso é demais!”
“Heh heh, então você está gostando? Bom saber.” Rei não demonstra piedade enquanto continua a me lamber, sua língua atravessando implacavelmente minhas dobras até o meu cerne. É diferente da forma como ela normalmente faz, suave e gentil; desta vez está focada exclusivamente em me levar além do limite.
Inabalavelmente, ela continuou, e logo eu me senti sobrecarregada pelo prazer e perdi a habilidade de pensar. Isso é realmente uma punição.
“N-não, Rei! Me perdoe…”
“Heh, não. Eu preciso discipliná-la para que nunca mais pense em outra pessoa novamente.” Rei empurra sua língua dentro de mim, raspando para cima e assolando meu ponto mais sensível. Eu arqueei novamente em uma tentativa de me libertar, mas o prazer me impede de colocar força em meu corpo.
“Rei… Rei… Eu sinto algo vindo!”
“De novo? Acho que está na hora da parte dois, então.” Rei disse algo, mas eu não pude processar. Sua língua implacável me leva a beira do clímax, porém—
“Ahn, ah! Ah, mhn? R-Rei, tem algo errado!” Eu sinto meu corpo ferver enquanto estou à beira do clímax que nunca vem. Meu corpo arde a cada segundo que se passa.
“É a segunda função do colar. Até que eu a libere, você nunca poderá ter um orgasmo.”
“V-você está brincando!” Eu senti desespero ao compreender que brotos de prazer dentro de mim não têm onde florescer. A febre queimando no meu interior não tem para onde ir.
“Rei… por favor… Não posso mais esperar!”
“Você ficará bem. Eu sei que você é forte o bastante para suportar isso.” Rei sorriu cruelmente apesar das minhas súplicas. Eu a irritei tanto assim?
Sua língua encontra minha fenda novamente, me afogando ainda mais no que poderia ser descrito apenas como um inferno de prazer. Eu queria gozar exatamente neste momento, mas ela não me permite. Pelo contrário, ela continua a acumular prazer, sem mostrar sinal algum de me libertar.
“Por favor… Rei! Eu sinto muito! Por favor… por favor, me perdoe! Eu nunca farei isso de novo, por favor!” Eu estava no meu limite. Minha nuca arrepiou. Eu achei que o prazer percorrendo meu corpo rasgaria minha pele a qualquer momento. Eu perdi a total noção de vergonha ao me agarrar à Rei, implorando como se minha vida dependesse disso.
“Está bem. Eu irei liberar a segunda função do colar.”
“O-obrigada, Rei!”
“Mas você tem que me prometer não gozar até eu disser que pode.”
“S-sim, sim, claro!” Eu acenei freneticamente. Esta alternativa era muito melhor do que ser forçada a sofrer sob essa pressão sem sossego.
“Certo, então… Por favor, se masturbe para mim.”
“…Hã?” Eu não conseguia acreditar nos meus ouvidos. Ela disse o que eu acho que ela disse? “Desculpe, poderia repetir o que disse, por favor?”
“Eu disse ‘por favor, se masturbe para mim.’”
Então eu não escutei errado. Ela realmente quer que eu me toque na frente dela.
“J-jamais! O que você tem na cabeça, Rei!?”
“Faça o que quiser. Digo, se estiver disposta a nunca poder gozar.”
“I-isso…”
“O que será, Senhorita Claire? Particularmente, para mim, tanto faz.” Rei sorriu presunçosamente. Eu franzi para ela enquanto minha mente corre para tomar uma decisão. Eu absolutamente não quero me masturbar com ela me olhando, mas eu definitivamente também não quero retornar a tortura de momentos atrás. Eu estou em um impasse. Mas se eu tenho que escolher—eu prefiro sofrer esta humilhação do que encarar aquele inferno outra vez.
Na verdade, nunca houve uma escolha.
“Heh heh, então você vai. Por favor, mostre-me tudinho.”
“Ngh… Eu me lembrarei disso, Rei!” Eu falei isso com o maior rancor que pude reunir, mas Rei simplesmente sorriu de volta alegremente. Eu senti que morreria de vergonha a qualquer momento enquanto levo minhas mãos até meus seios e virilha.
“Mh, nhn…” Meu corpo, revirado até o limite há meros momentos atrás, cobiça insaciavelmente por prazer. Os lençóis embaixo de mim umedecem com minhas secreções enquanto meus mamilos incham e endurecem como bicos. Eu movo meus dedos desajeitadamente, traçando minhas dobras e estimulando as pontas dos meus seios.
Rei me observa intensamente. Por mais estranho que seja, eu consigo sentir onde seus olhos estão focados em meu corpo. Eles revezam, entre meus seios e minha virilha, mas seu olhar sempre fica mais tempo em meu rosto. Como se ela estivesse se deliciando com meu prazer.
“N-não… não olhe, Rei!” Apesar do meu apelo, Rei continua observando com seu olhar quente e impetuoso. Eu estou mostrando o meu ato mais deplorável para a pessoa que mais amo, e mesmo assim, eu sinto uma excitação peculiar com este fato.
“Ah, ahh!” Meus dedos deslizam pela minha flor, pegando as gotas que escorrem do despenhadeiro do qual me aproximo. Eu durei pouquíssimo tempo, meu corpo já está próximo do limite, e eu estremeço em antecipação por este momento. Finalmente, eu poderei ter um gosto do êxtase o qual esperei por tanto tempo.
Ou assim eu esperava.
“E parou. O que acha que está fazendo? Eu não falei que você não pode gozar até eu disser que pode?” Rei me repreendeu.
“Ahh…” Meu êxtase eminente rapidamente desapareceu. Eu estava tão perto, já até podia sentir. Mas eu usei os últimos resquícios de razão que ainda me restam para tentar resistir à vontade de gozar. Os movimentos dos meus dedos desaceleram.
“Você não entendeu, minha querida Senhorita Claire.”
“Hã?”
“Eu disse que você não pode gozar até eu permitir. Eu não disse que você pode relaxar suas mãos.”
“I-isso é irracional!” eu exclamei. Ela está me ordenando me masturbar continuamente bem na beira do clímax. Isso não é nem um pouco melhor que o inferno de mais cedo—não, consegue ser ainda mais extenuante, uma vez que eu mesma preciso medir a força nas rédeas.
“Rei…”
“Vamos, aperte o passo!”
Eu tremi com sua crueldade, mas esta é a minha punição. Eu a obedeci e movi meus dedos rapidamente de novo.
“Haah… Haah… Haah!” Eu pensei que perderia a consciência com o intenso prazer. Meu cérebro derrete enquanto minha voz vergonhosa e desleixada continua a gemer—tudo isso e sendo observada pela pessoa que eu menos gostaria que me visse nesse estado.
“Rei… Rei!” Eu não queria que me visse assim, mas eu não tive escolha senão lhe mostrar. Essas verdades contraditórias gradativamente despedaçam os meus últimos pedaços de razão. E apesar disso, eu tenho que resistir a ânsia de gozar.
“Rei… Eu não consigo! Não consigo!” Eu colo na Rei, continuando a me tocar lá embaixo. Seu corpo parece gelado… Não, simplesmente é o meu que está queimando.
“Rei, por favor… Pelo amor do Deus Espírito, por favor!” Eu a beijei bruscamente enquanto continuo a me tocar loucamente. Eu me esfreguei inapropriadamente em suas coxas macias, implorando por liberdade.
“Hee hee, você está indo bem… Só mais um pouquinho.” Rei me beija e me puxa com um de seus braços. Eu sinto seus dedos sobreporem os meus tocando minha florzinha.
“Ah! Aaahh!” Ondas de prazer surgem de uma vez das minhas partes baixas até o meu cérebro. Após suportar um prazer vinte vezes mais intenso, eu finalmente estou sendo libertada.
“Senhorita Claire, você me promete que seu corpo será sempre meu e apenas meu?”
“Sim… Sim!”
“Isso também inclui beijos. Eu quero que você inteira pertença a mim.”
“Sim, eu prometo. Então, por favor!”
“Bom.” Rei sorriu ao se aproximar do meu ouvido, sussurrando enquanto pressionava minha flor. “Goze para mim, Claire.”
Minha mente embranqueceu, e minha visão desvaneceu.
◆◇◆◇◆
Quando eu acordei, já era manhã. A cama estava arrumada, e eu estava com minhas roupas íntimas e pijama vestidos, sem anel algum em meu pescoço. Era uma manhã comum, tão comum que me fez achar que a noite passada foi um sonho. A única coisa fora do lugar era a ausência da Rei ao meu lado na cama.
Sentindo-me solitária, eu me levantei da cama para procurá-la, e foi quando me dei conta de que não tenho energia nas pernas para ficar de pé. Ao lado da cama, eu reparo que Rei está prostrada no chão.
“O que raios você está fazendo, Rei?” Eu perguntei.
“Se chama ‘dogeza.’ De onde eu venho, é a forma mais sincera de pedir perdão.”
Eu tive uma incômoda sensação de que já a tinha visto fazer isso muito tempo atrás. Ela ficou assim por algum tempo, sem dizer uma palavra.
O tempo hoje está limpo. O piar dos pássaros pode ser ouvido do lado de fora.
Eu suspiro profundamente antes de começar a falar, “Rei.”
“Sim, senhora?”
“Alguma justificativa?”
“Nenhuma.”
“Refletiu sobre o que fez?”
“Extremamente.”
Parece que a noite passada não foi um sonho. Rei se deixou levar e foi longe demais. Seria mentira eu dizer que não gostei nem um pouco, mas ela estava genuinamente apavorante ontem.
“Eu concordei com uma punição, mas o que você fez ontem foi exagerado.”
“Eu entendo, me desculpe.” Rei realmente parece arrependida, parecendo uma cachorrinha quando é repreendida pela dona. É fofo, mas isso não vem ao caso.
“De qualquer forma, eu imagino que o assunto sobre Sua Santidade esteja encerrado agora?” Eu perguntei.
“Sim, eu tive minha parcela de diversão.”
“Rei!”
“Perdão.”
Francamente… a audácia dessa garota. Mas, ontem foi bem peculiar. Espero que isso não desperte algo em mim…
“Está tudo bem! Se isso acontecer, eu tomarei responsa—”
“Cale-se!”
Parece que eu pensei em voz alta. Eu lhe dei um forte peteleco na testa.
Rei se livrou daquela argola enlouquecedora, alegando que se deu conta do que fez ao me ver desmaiar e que estava receosa quanto a suas capacidades.
“Uma pena.” Eu disse.
“Hã? S-senhorita Claire!?”
“Eu gostaria de ter experimentado em você.”
Rei riu nervosa enquanto forçou um sorriso.
Parece que eu terei que fazer um convênio com a TAIM mais tarde.