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Tradução: littlemarcondes | Revisão: Pandine
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Capítulo 07: Adquirido com sucesso
“Você quer um pouco de café?” O aroma particular de grãos de café torrados encheu a sala.
“Claro, obrigada!”
Agora que Yvonne havia terminado a tarefa do sistema de vilãs de hoje, ela não precisava ficar nervosa pelo resto do dia. Ela finalmente conseguiu relaxar e então preparou uma xícara de café bem quente como recompensa para si mesma.
Enquanto isso, tendo terminado o café da manhã, Elsa sentou-se calmamente em frente a ela, segurando sua xícara e tomando pequenos goles como um pequeno mamífero. Ela parecia tão cativante que Yvonne não resistiu em dar alguns olhares para ela. Ela podia ser muito adorável quando se acalmava assim. Yvonne lutou para entender por que a heroína se recusou a deixá-la sozinha, contra todas as expectativas.
“…Isso é tão bom! Há uma fragrância exótica nele!” Elsa exclamou, depois de tomar o café feito à mão de Yvonne. “Eviiie, o que é isso?”
“É canela. Eu adicionei um pouco.” Adicionar o tempero ao café melhorou o sabor e teve o benefício de refrescar o corpo e a mente.
“Ah, então era canela…” Quando Elsa examinou a superfície do café, ela pôde ver uma película marrom-clara flutuando em cima. Foi essa adição única que deu ao café comum esse aroma incomum. Esta especiaria rara e açúcar branco eram ingredientes que apenas a nobreza podia pagar. Elsa nunca tinha provado antes.
Olhando para Yvonne tomando seu café, a imagem perfeita da elegância, Elsa sentiu mais uma vez a diferença de status entre elas. Ela silenciosamente firmou sua resolução.
“Tudo bem! Eu tenho que continuar trabalhando duro também!” Ela se levantou energicamente e começou a tirar a roupa.
“E-Espera! O que diabos você está fazendo?!” Yvonne rapidamente bloqueou a visão, seu rosto foi ficando vermelho. Que tipo de garota tiraria a roupa na frente de outra pessoa?! Ela tinha alguma ideia de bom senso?!
Elsa, no entanto, não parecia se importar em ser vista nua. Ela continuou a se despir enquanto explicava: “Tenho trabalho agora, então estou me trocando para ficar pronta. Não seja tímida, Evie! Acho que já nos conhecemos muito bem.”
“Bem, eu aguentaria saber menos!”
“Se olhar diretamente para mim faz você se sentir desconfortável, talvez seja melhor se você me espiasse?”
“Não me faça parecer uma pessoa assustadora! Além disso, que motivo eu teria para espiar você?!”
“Verdade…” Vestindo apenas suas roupas íntimas, Elsa assentiu pensativa.
Pelo menos ela ainda tinha algum bom senso, pensou Yvonne, enquanto exalava de alívio. Ambas eram garotas, então que razão havia para ver uma à outra trocar de roupa?
“Afinal, você é bem-vinda para deleitar seus olhos sempre que desejar, Evie.”
“Já disse que não quero ver isso!” Essa garota estava determinada a obter uma reação dela?!
“Aqui vamos nós.” Elsa ajeitou os babados na bainha da saia e depois ajustou a faixa branca que ela amarrou. Em um instante, ela estava como qualquer outra empregada adorável e enérgica.
Esse estilo realmente combinava com ela.
“Não posso simplesmente me aproveitar de você para sempre, então vou ajudar a cobrir as despesas da casa sempre que for paga no trabalho!” Depois que Elsa chegou e se matriculou na escola, ela imediatamente partiu para encontrar um emprego de meio período e acabou conseguindo uma posição como garçonete em um restaurante da cidade. “O chefe foi bem legal e me contratou depois de saber que eu era uma aluna nova na Academia Estrela de Jade”
Ah, lá estava ele: o exemplo clássico de um NPC gerente de loja cujo único papel era ajudar o protagonista. A sorte sempre esteve do lado da protagonista. Mesmo que ela passasse por dificuldades financeiras, algo viria para tirá-la da situação imediatamente.
Yvonne sabia que na verdade não havia motivo para se preocupar com Elsa. Ela tomou um gole do café amargo, perdida em pensamentos.
Embora o porto de Jadeite ficasse distante nos limites do país, ainda era uma cidade portuária em ascensão. Buzinas soaram a manhã toda enquanto um número incontável de navios de todos os tamanhos passavam pela cidade. Os tipos de mercadorias que circulavam eram igualmente numerosas e variadas. A cidade fervilhava de atividade; estava cheia de oportunidades e era muito melhor do que estar na Fronteira Norte.
Sabendo de antemão que seriam exilados, Yvonne comprou algumas terras com o nome de seu antigo mordomo e despachou um grupo de servos leais que se ofereceram para morar lá com suas famílias de antemão. Eles foram responsáveis por preparar a casa de seus pais no exílio. Além de não poder retornar à capital, ser destituída de seu status de nobre e ter até nove décimos de suas propriedades confiscadas, ela e sua família ainda podiam viver uma vida relativamente estável sem se preocupar com suas necessidades básicas. O rei de Oz também teve misericórdia deles devido aos longos anos em que seu pai serviu como seu conselheiro. Foi por isso que eles foram apenas exilados e não condenados à morte.
No entanto, isso só foi possível porque não havia evidências suficientes para determinar definitivamente se o duque Smollett havia cometido traição.
Se Yvonne saísse da linha mais uma vez, eles provavelmente acabariam sendo considerados culpados de traição e condenados à morte.
Yvonne também aproveitou seu status de noiva do príncipe. Antes do rompimento do noivado, Yvonne fez uma visita a Michel, o segundo príncipe e um dos principais personagens masculinos, e pediu uma punição mais razoável para o pai.
Romper o noivado também não foi ruim para Yvonne. Contanto que ela não fosse sua noiva, ela também não chegaria ao final da execução, onde Michel a esfaquearia para proteger a heroína.
Ser exilada não era o fim do mundo. Ela se reuniria com sua família algum dia. Antes disso, tudo o que ela precisava fazer era se formar, encontrar um emprego respeitável e trabalhar duro para melhorar o futuro dela e de sua família. Era o mínimo que ela podia fazer pelo cuidado que seus pais tinham para criá-la.
Mas agora, com a aparição da heroína, tudo se tornou incerto. Isso deixou Yvonne extremamente desconfortável.
Por mais obscura que fosse, esta cidade ainda estava no mapa do jogo. Era altamente possível que rotas que ela não conhecia estivessem escondidas aqui.
Ela estava preocupada com aquele CG que ela lembrava da heroína em uma roupa de empregada caindo no abraço de algum interesse amoroso.
…No final, ela teve que confirmar qual interesse amoroso Elsa iria encontrar em seguida.
“Estou indo agora!”
Usando botas de couro desgastadas, Elsa bateu os calcanhares no chão e se preparou para passar rapidamente pela porta. Logo antes de sair, ela se virou para Yvonne como se tivesse pensado em algo. “Isso mesmo, meu trabalho me fornece o jantar, então não precisa fazer comida para mim, Evie!”
“Por que você assumiu que eu deixaria o jantar pronto para quando você voltasse para casa?!”
O quão sem vergonha ela poderia ser?! Yvonne ficou irritada, embora na verdade estivesse planejando receitas e se preparando para comprar ingredientes para as duas.
“Haha, bem, então, estou saindo agora.”
A porta se fechou com um clique e o som dos passos foi diminuindo aos poucos. Yvonne respirou fundo, antes de se levantar para limpar a mesa.
Agora que aquela garota tinha ido embora, Yvonne tinha que se arrumar também.
Enquanto ela descia a rua, usando um chapéu de abas largas decorado com uma pena listrada e guarnição de renda preta que sombreava seus olhos, vários transeuntes olhavam de soslaio para essa jovem loira com uma expressão fria e severa. Yvonne não estava acostumada com isso.
A última vez que ela vestiu essa roupa foi há muito tempo, afinal.
Rua Rabo de Peixe 54…
Ela encontrou o endereço depois de perguntar sobre o restaurante. Este deve ser o local.
“Bem-vinda!”
Uma garota de aparência confiável em uma roupa de empregada a cumprimentou profissionalmente com um sorriso. Aquele sorriso reconfortante a lembrou da empregada-chefe que havia trabalhado para sua família antes.
“Hm… Senhorita, você só precisa de mesa para um? Não está esperando por ninguém?”
A empregada que a cumprimentava parecia surpresa. Na maioria das vezes, as adolescentes iam a restaurantes quando se encontravam com outras pessoas. Alguém comendo sozinho era uma visão bastante rara.
“E-eu sinto muito! E-eu não quis ofender você!”
Acreditando que ela havia dito algo errado depois de encontrar o olhar severo de Yvonne, a empregada assustada se curvou apressadamente em desculpas. Isso deixou Yvonne de mau humor.
Absurdos mal-entendidos sempre aconteciam com seus olhares ameaçadores.
“… Eu gostaria de um assento perto de uma janela.”
Yvonne escolheu propositadamente um lugar no restaurante que estava fora do caminho, para não se destacar.
Ela examinou a decoração interior depois de se sentar. Luzes brilhantes e amarelas pendiam do teto. Pinturas penduradas nas paredes de madeira, provavelmente devido ao interesse do gerente. Toalhas em xadrez e limpas cobriam cada mesa de jantar. Eles pareciam perfeitos, o que Yvonne aprovou.
O restaurante estava mais movimentado agora, já que era quase meio-dia.
Como estava com fome e os preços do cardápio eram mais acessíveis do que esperava, Yvonne pediu pãezinhos, ensopado de peixe e camarão assado. Ela comeria enquanto conduzia sua vigilância.
“S-sua comida está pronta, senhorita…”
A empregada trêmula carregava os pratos. Yvonne estava preocupada que ela fosse derramar a sopa.
“Obrigada. Pode colocar aqui”.
A realidade era que, enquanto Elsa não seguisse a rota do príncipe que levaria a um final ruim para Yvonne, o que acontecesse a seguir não teria nada a ver com ela.
Na verdade, se a heroína não entrasse em nenhuma rota, Yvonne teria que continuar a intimidando.
Então, está certo. Yvonne estava aqui para ajudá-la.
Desde que a heroína fosse atrás de outro personagem e entrasse em sua rota, Yvonne estaria livre da necessidade de continuar intimidando-a.
“Se você não tem certeza do que pedir, recomendo o ensopado de peixe nesta temporada!”
Uma voz familiar alcançou Yvonne não muito longe. Ela instintivamente protegeu o rosto com o menu.
“Usamos sardinhas frescas, pescadas no cais todos os dias e as cozinhamos em tigelas de pedra especiais. A sopa resultante é divina e ainda melhor quando combinada com pão!”
“Haha, tudo bem, vou aceitar sua recomendação, então. Quero um pedido deste e um pãozinho assado também.”
Impressionante… O marinheiro mais velho estava mal-humorado e berrando quando entrou pela primeira vez. Sob a atenção carinhosa de Elsa, ele gradualmente começou a sorrir.
“Você com certeza é enérgica. Nova aqui, né? Pronto, uma gorjeta para você.”
“Obrigada!”
Então, era assim que ela era no trabalho?
Perdida em pensamentos, Yvonne a viu se virar e sair. Ela parecia diferente da Elsa que Yvonne conhecia.
Yvonne não conseguia desviar o olhar de seu sorriso borbulhante, seus movimentos eficientes ao trabalhar e seu vestido girando ao se virar.
Na história que Yvonne conhecia, uma vez que ela começou a ganhar dinheiro, a heroína intermitentemente o enviava de volta para o orfanato onde cresceu. Era para ajudar as crianças que ainda moravam lá e melhorar suas vidas; era também por isso que ela vivia tão frugalmente.
A heroína era realmente uma garota de bom coração. Se ao menos ela parasse de importunar Yvonne o tempo todo…
Um grito estridente interrompeu os pensamentos de Yvonne.
“Boll, volte aqui!”
Em uma mesa não muito longe de Yvonne, um garotinho, talvez de três ou quatro anos, saltou de sua cadeira. Sua jovem mãe tentou agarrá-lo, mas não conseguiu alcançá-lo a tempo e só pôde vê-lo correr para o corredor entre as mesas.
Crianças de sua idade eram ameaças absolutas. Depois de aprender a correr e pular, eles se tornavam cem vezes mais ativos. Isso não era diferente mesmo em outro mundo.
Calçando sapatos de couro, ele saiu correndo alegremente com seus passos ritmados, como se esperasse que alguém o perseguisse.
…Ah não!
Só agora Yvonne percebeu o que poderia dar errado. A pequena estrutura do menino estava completamente bloqueada pela toalha das mesas de jantar. Ele estava escondido em um ponto cego perfeito.
A empregada que acabara de servir Yvonne estava carregando uma tigela de ensopado de peixe bem quente em sua direção e acabara de virar uma esquina.
Se nada mudasse, ela e o menino colidiriam.
Isso era ruim!
Yvonne levantou-se com urgência sem pensar.
“AH!!!” a empregada gritou em pânico, quando o menino tropeçou depois de colidir com ela.
Ela tentou endireitar a bandeja oscilante, mas falhou.
Vendo a tigela de sopa cair no chão, Elsa não hesitou por um segundo. Ela passou pela empregada e estendeu a mão, pronta para pegar a tigela de pedra que acabara de ficar no fogo de carvão escaldante. Era impensável para qualquer pessoa normal. Ela não se importava se seria queimada.
“SUA IDIOTA ESTÚPIDA! NÃO SE QUEIME!”
“…Hã?”
O chapéu emplumado de abas largas pousou suavemente no chão.
Para surpresa de todos, a tigela de pedra contendo sopa escaldante não queimou ninguém.
A magia do vento que foi liberada bem a tempo manteve a bandeja flutuando.
Yvonne respirou pesadamente, segurando firmemente Elsa, que não teve tempo de reagir e quase caiu.
“…E-Evie?”
Elsa ficou agitada com o abraço suave.
Seu batimento cardíaco acelerou rapidamente quando ela percebeu quem a salvou.
Fria e feroz… Mas gentil.
Essa era a sua magia.
“Você está tentando me matar de susto?!” Yvonne exclamou furiosamente, esquecendo completamente que ela originalmente veio aqui para seguir Elsa.
Em sua raiva, ela não conseguiu reconhecer coisa alguma.
Elas haviam se encontrado inesperadamente no restaurante onde Elsa estava trabalhando. A heroína estava vestindo uma roupa de empregada e corando furiosamente depois de encontrar um evento que a colocou nos braços de Yvonne.
Yvonne obteve com sucesso o CG do encontro aleatório.