Extra:
Uma História Curta Sobre Uma Garota Que Jurou Que Definitivamente Não Encostaria Na Garota Que Se Apaixonou Completamente Por Ela em 100 Dias
“Eu protegerei sua filha. Por favor, conte comigo.”
Não faz muito tempo que fiz este acordo com a mãe de Marika.
Assim, eu, Fuwa Aya, acabei indo morar na casa da minha namorada por uma semana.
Por fora, eu fazia parecer que estava calma.
(Isso não é bom…)
Mas uma tempestade tomava conta do meu coração.
(Nem um pouco… bom.)
Essa é minha história, de alguém com força de vontade, sobre como fui completamente derrotada por Marika em menos de uma semana…
*
No momento em que entrei na casa de Marika, fui tomada por inquietação.
O lugar onde Marika morava, o qual me parecia um sonho ou entidade fantasiosa, era muito vivido para mim. Me senti mergulhando em um mundo de tabu.
(Não, não, não, isso está errado. Estou aqui apenas para proteger Marika.)
Foi isso que jurei para a mãe dela.
Eu serei a guarda-costas de Marika por uma semana a partir de hoje.
Tudo para proteger o sorriso de Marika. Não posso me deixar levar pela ideia de uma “vida juntinhas cheias de amorzinho ♡”. Preciso deixar de lado esses pensamentos perversos e apenas garantir sua segurança.
(Essa foi a minha promessa. Se eu pensar em fazer besteira, estarei traindo a confiança da minha querida sogra.)
Eu estava em chamas.
Eu sempre tive uma forte convicção e sou bem teimosa quando tomo uma decisão.
Por isso…
Mesmo quando acabamos jantando juntas na mesa, meu coração não fraquejou.
(Neste momento, sou a protetora particular da Marika. Não vou deixar meus sentimentos pessoais atrapalharem o meu trabalho.)
Marika, que se sentou na minha frente, olhou para mim enquanto comia seu sanduíche. Seus olhos grandes e redondos estavam completamente tranquilos e seus cantos estavam caídos.
Nossos olhos se cruzaram e ela sorriu, com suas suaves bochechas coradas.
“D-de alguma forma… isso é um pouco… embaraçoso, não é?”
(Tão fofa…)
Eu não conseguia respirar, como se tivesse sido agarrada pela garganta.
Por que ela é tão indefesa e por que ela está me dando esse sorriso manhoso?
Isso me instiga a ajoelhar e orar.
(Você realmente acha que não vou fazer nada, Marika? De fato, não vou. Mas a loba diante de você pode ser uma que você não tenha forças para deter. Não deveria ser mais cuidadosa? Prepare uma arma de choque ou coisa parecida!)
O sabor da salada com frango que eu estava mastigando parecia inexistente. Havia uma cordeira diante de mim que foi criada para ser mais deliciosa do que tudo.
Se eu pegasse e ficasse sobre Marika, ela poderia resistir. Mas no fim, me aceitaria.
Eu a treinei tão minuciosamente e ensinei tantos prazeres, que ela perdeu completamente a vontade de lutar.
Ela é a minha namorada super sedutora. Mas que garota!
(Não, não. O que diabos estou pensando?)
Eu puxei minha mão estendida de volta, abaixando meus olhos.
“Hm?” Disse Marika, inclinando sua cabeça adoravelmente. Seu lindo cabelo balançou como uma erva-gateira.
Minha justificável frustração aumentou.
(Que gesto é esse? Está me seduzindo?)
À essa altura, isso estava fadado a acontecer. Eu só estava reagindo sensivelmente a Marika, que estava normal.
De qualquer forma, respirei fundo para aliviar minha frustração (e não minha cobiça, definitivamente não) e recuperei minha compostura.
(Eu definitivamente não irei encostar a mão em Marika. Uma semana não é nada. Eu sempre terei desejo por ela.)
Marika não é a única que vem afrouxando ultimamente. Quando ela está diante de mim, eu também fraquejo. Porque sinto vontade de realizar seus desejos e mimá-la.
Nesse ritmo, morar junto com Marika será um problema.
(Ao contrário de mim, Marika tem sua própria personalidade.)
Mesmo quando a convidei para trabalhar meio-expediente no bar, ela arranjou um emprego por conta própria.
(…Poderíamos passar mais tempo juntas. Mas acho que ela também quer um tempo para si mesma.)
Eu quero ajudá-la, mas jamais quero ser um fardo.
(Também tenho que controlar meus desejos.)
O que Marika quer é o sentimento de ser cuidada.
Ela usa diversas máscaras, mudando de personagem quando quer ser tocada ou não, quando quer ser mimada, ou quando quer resolver algo sozinha.
Eu já sei que isso é o que ela chama de ‘compreender o clima.’
(Ela é uma passiva caprichosa.)
Não é incomum escutar sobre casais que se amam, mas acabam terminando assim que começam a morar juntos, devido a diferenças no estilo de vida e noção de espaço.
(Eu sou desastrada, então tenho que compreender o clima e acompanhar o ritmo de Marika.)
Talvez eu acabasse sendo tão influenciada por ela que não teria tempo de encostar as mãos nela.
Sim, eu estava excepcionalmente otimista nesse momento.
Na verdade, senti que fui muito bem no primeiro dia.
Após jantarmos e decidir onde dormir, nós trouxemos o futon para a sala de estar. Então, eu consegui contar a Marika exatamente como e por que decidi vir morar com ela.
Eu queria impedi-la de chorar. Marika pareceu profundamente comovida por minhas palavras.
Para protegê-la. Para devolver o corpo de Marika à sua mãe em perfeitas condições. Quando eu disse isso, ela pareceu aceitar meus sentimentos.
Isso fez eu me sentir melhor.
Assim como respeito seus sentimentos, Marika respeita os meus. Nossos corações estavam conectados. (Foi um mal-entendido.)
Agora tudo que restava fazer pelo resto da semana era viver modestamente, mantendo seus espaços pessoais.
Eu olhei para meu celular, sentindo como se tivesse acabado de terminar um serviço. Devido a várias razões, eu ainda não consegui consumir o vigor do jogo mobile hoje.
Comecei abrindo o jogo e cumprindo missões diárias, quando um pensamento me veio à mente…
“E-está quase na hora do banho…”
Minhas mãos paralisaram.
Após terminar sua refeição, Marika colocou as mãos juntas sobre seu corpo inquieto.
“…Como vai ser?”
No colégio, Marika é animada e alegre, mas ela tem um rosto doce que ela não mostra a ninguém além de mim, um rosto de quem quer ser mimada.
(…………Marika?)
Isso era esperado.
Marika esperava que eu a servisse, assim como sirvo as pessoas no bar.
Então, eu fiquei completamente seduzida…
O que faremos? As palavras que eu enxergava no olhar de Marika eram “Vamos entrar juntas ♡”. Meu corpo inteiro começou a esquentar.
(Hã?… Por que isso está acontecendo?)
Quando olhei para Marika inexpressivamente, sua expressão mudou de repente e, com suor em sua testa, ela disse “Bom, e então? Posso ir primeiro? Estou indo!”
Eu a vi deixar a sala, fugindo como uma coelha, e engoli seco.
(…Será que Marika não entendeu?)
Eu disse que não vim aqui com essa intenção.
Porém, apesar disso, ela ainda quer flertar comigo.
(Fico contente com isso, mas… mas não… Me desculpe.)
Ainda era uma possibilidade.
(Marika está agindo normal, mas tudo que ela fala e faz é obsceno, e ela inconscientemente exala feromônios.)
É isso.
(Ela é uma súcubos especializada em garotas…)
Se fosse o caso, ela seria uma oponente difícil. Eu não teria chances de vencer. Então descartei essa terceira possibilidade, por enquanto.
Após Marika sair da sala de estar, o som distante da água do chuveiro ecoou.
(…)
Fiquei inquieta. Pensamentos ruins me vieram à mente.
Durante os 100 dias em que fiz Marika se apaixonar por mim, nós costumávamos tomar banho juntas após o ato. Eu deixava a Marika relutante entrar primeiro, então eu invadia o banheiro e tínhamos uma segunda rodada ali mesmo.
Como um reflexo condicionado, me levantei, mas me sentei novamente.
Não, não, calma lá.
A fim de expulsar a existência de Marika da minha cabeça, decidi ficar imersa nos meus jogos de música.
Tentei concluir a música mais difícil.
Não preciso pensar em nada enquanto movo meus dedos e sigo as notas. Nunca imaginei que jogos de música pudessem ter um uso tão efetivo.
20 minutos, 30 minutos… Passado algum tempo, Marika saiu do banho. Me distrair da Marika em minha cabeça era uma coisa, mas isso não seria efetivo o suficiente para tirar minha atenção da verdadeira Marika, então larguei o jogo e levantei o rosto.
Marika aparece em seu pijama, em meio ao vapor da água quente.
“Desculpe, tomei um banho longo.”
“Tudo bem.”
Nós já ficamos em fontes termais e um hotel juntas. Pensei que seria normal vê-la de pijama à essa altura, mas estamos falando da Marika. O tecido macio em volta dela a fazia parecer 70% mais feminina do que o habitual.
(Um pedido de restaurante fino… Marika no ponto.)
A carne deveria ser tão macia quanto.
Mas eu contive os pensamentos perversos.
“Bom, vou tomar o meu.”
“À vontade~”
Eu tento manter Marika fora de vista o máximo possível… Então, me dirijo ao banheiro.
Tiro minhas roupas e vou até a banheira.
Assim que encostei meu pé, me dei conta de que aquela era a água restante do banho de Marika.
(……)
Sinceramente, não tem nada de especial nisso.
Meu interesse é sempre na garota em si e eu nunca encontro significado em periféricos. Independente de Marika ter usado ou não essa água, é apenas água.
No entanto, se o aroma de sabão na banheira é exatamente o mesmo de Marika, a história é outra.
Sinto como se meu corpo estivesse sendo abraçado por Marika em forma de espírito.
Isso é o paraíso? Ou o inferno?
Silenciosamente, eu tiro a rolha da banheira.
Eu enxáguo meu cabelo e corpo, e rapidamente saio do banheiro.
(Esta é a… casa da Marika.)
Me dou conta novamente. Eu estava hospedada na casa da Marika, onde não havia mais ninguém além dela.
Completamente longe de casa. Me sentia uma invasora.
Após vestir minha camisola e voltar para a sala de estar, vi Marika esperando nervosamente por mim. Enquanto eu passava minha loção, pude sentir seu olhar.
Marika tem vergonha de expressar o que pensa, mas seu corpo inteiro parecia dizer “Estou pronta…♡”. Parecia uma garotinha me puxando pela manga.
(É o inferno mesmo.)
Meu olhar a percorreu mesmo enquanto conversávamos casualmente. Quase fui sugada pela sua nuca, suas coxas e seus seios desprotegidos.
(O Efeito Calígula.)
Murmurei internamente. O efeito psicológico de quando lhe proíbem de fazer algo e sua vontade de fazer aquilo aumenta consideravelmente. Neste momento, eu estava assinando minha sentença.
E se eu tivesse vindo morar com Marika com sentimentos mais leves? Dessa forma, eu seria capaz de manter alguma compostura. Eu conseguiria controlar meus desejos, assim como manipulo Marika com a ponta dos dedos. Conseguiria? Bom, talvez.
“…Então, vamos dormir?”
Em meu ato final de autocontrole, acompanhei Marika até seu quarto.
“Bom, então, boa noite, Marika.”
“──!?”
Fechei a porta com força, como se estivesse trancando Marika, que ficou espantada, e respirei fundo.
(Será assim por uma semana?)
De volta à sala de estar, eu caio em minha colcha, sozinha.
“Estou sendo testada… Meu eu de dias atrás…”
Uma gatinha adorável e fofinha insiste em me seguir enquanto mia constantemente, mas não posso encostar nem mesmo um dedo nela.
(Isso é tortura.)
Antigamente, quando meu amor não era correspondido, não importava o quanto eu estendesse a mão, eu não conseguia tocá-la, então podia desistir logo no início. Agora é diferente. Nosso amor é mútuo.
Porém, a porta nos distância e a solidão me consome.
Bem, mesmo assim.
“…Conte comigo, sogra. Eu protegerei Marika…”
De modo a parar as lágrimas de Marika, que estava triste porque não poderia ficar comigo no Natal, me arrumei o melhor que pude. (NT: Se referindo ao encontro dela com a mãe de Marika.) Se este era o preço a ser pago, eu teria que aceitar.
Eu tinha certeza de que Marika entenderia.
“…Eu te amo, Marika.”
Com um pequeno murmúrio, fechei os olhos. Levei um tempo para dormir, mas não foi incômodo.
Assim, o primeiro dia passou tranquilamente. E somente esse dia…
***
Com a cópia da chave que Marika me deu, voltei para a casa dela sozinha.
“……Com licença.”
Eu solto as bolsas plásticas, que carregava nas mãos, na entrada e me inclino para tirar os sapatos.
Quando me curvei e coloquei meus sapatos ao lado dos de Marika e de sua família, senti minhas bochechas esquentando por algum motivo.
“…Isso é estranho.”
Em vez de continuar escavando mais fundo em minha mente, me dirijo à sala de estar.
Eu coloco as bolas plásticas na sala de jantar, dizendo “Com licença”, e depois abro a geladeira e guardo os ingredientes que comprei.
Após tirar meu uniforme, eu prendi meu cabelo para trás e retornei à cozinha.
Com o avental que trouxe da minha casa, estou preparada.
“Pois bem.”
Hoje, Marika está trabalhando meio-expediente no restaurante, então eu me voluntariei para fazer o jantar. Eu estava sem ideia para pratos, mas para evitar que Marika pegasse um resfriado, decidi fazer um ensopado de creme quentinho.
Embora eu tivesse permissão para usar os talheres e utensílios livremente… eu estava muito nervosa, mas abri os armários da cozinha e peguei uma tábua de cortar, panelas e frigideiras.
Minha culinária é seguir a receita à risca. Eu reúno todos os ingredientes descritos e sigo o passo-a-passo. Assim como em um jogo de música, precisão é tudo que importa, e não há criatividade.
Mas isso não significa que não seja divertido.
Especialmente agora.
O sentimento de mexer as mãos, me perguntando se Marika iria gostar, não era ruim.
Eu fiz um ensopado de creme e uma salada de batata para acompanhar, e finalizei lavando a louça.
Com tempo de sobra, decidi ajudar nas tarefas domésticas.
A roupa suja se acumulava a cada dia, então comecei por isso. Como as minhas roupas também serão lavadas na máquina de lavar da família Sakakibara, tomei a iniciativa de assumir esse trabalho.
Eu despejo detergente líquido na lavadora automática e pressiono o botão. Eu nunca faria algo tão pervertido como fuçar as roupas íntimas usadas da Marika.
“Em seguida, uma leve passada de aspirador.”
Eu era do tipo de pessoa que só limpava o meu quarto.
Sempre fiquei incomodada quando minha visão estava desorganizada, mas essa tendência aumentou desde que comecei a convidar Marika para o meu quarto.
É inevitável. Se me distrair com cada fio de cabelo que cai no chão, não consigo me concentrar nos estudos. Portanto, me certifico de aspirar minuciosamente, especialmente após cada vez.
Depois de aspirar a sala de estar, estendi o cabo para o corredor.
Ao terminar de limpar as entradas do banheiro e toalete, de repente percebi algo.
O quarto de Marika estava semiaberto.
Não que isso signifique algo.
“…”
Após passar pela porta uma vez, eu voltei a ela. Empurrando a porta com a ponta dos dedos, eu espiei o interior do quarto.
O quarto da Marika.
Eu deixei o aspirador apoiado no corredor. Sendo empurrada por pensamentos perversos que diziam “Tudo bem fazer isso?”, eu timidamente entrei no quarto.
Me sentei na cama de Marika, sentindo que seria inapropriado mexer em mais coisas.
“…O quarto da Marika.”
A imoralidade de entrar enquanto a dona está ausente, faz meu coração latejar.
Para ser honesta, eu devia estar faminta. Então era apenas uma distração. Uma pausa breve e indispensável para suportar o resto da semana.
Eu caio de lado.
Me deito na cama de Marika e fecho os olhos.
“Marika.”
Meus sentimentos transbordam e se tornam irresistíveis.
Eu não encostaria a mão nela. Foi o que jurei seguramente.
Mas então, o que era isso?
Julguei que era seguro. Era apenas um delírio.
Eu estendi a mão e agarrei um dos travesseiros. Enquanto abraçava o travesseiro com força, sonhei com a minha querida amada.
“…Marika.”
Eu pressionei meu nariz no travesseiro e respirei fundo.
“Mn…”
Um sentimento de tristeza brotou em mim e comecei a roçar minhas coxas.
Levo uma de minhas mãos até minhas partes íntimas.
É isso. Apenas um ato de aliviar meus impulsos.
Embora fazer isso na cama da minha namorada possa ser bastante culpado e pervertido, evidentemente.
“Marika…ah.”
Minha voz abafada me deixava ainda mais excitada perante a ideia de que alguém pudesse me ouvir.
Me perguntei que tipo de cara Marika faria se chegasse em casa nesse momento e me visse me masturbando em sua cama. Ela iria me desprezar com olhos desdenhosos e esbravejar incrédula?
Ela se sentiria traída, e quando imaginei o rosto magoado de Marika, senti a temperatura do meu corpo se elevar ainda mais.
Eu sabia que isso era pervertido.
Embora eu me importe com Marika e queira fazê-la feliz o tempo todo, às vezes não consigo evitar a tentação de querer feri-la.
Não quero que mais ninguém a machuque. Quero que somente eu possa lhe ferir. Quero que ela me mostre não apenas seu rosto sorridente e tímido, mas também seu rosto bravo e de choro, apenas para mim.
“…Me desculpe, Marika.”
Meu delírio ganhou vida própria.
Quando Marika chegasse, ela diria “Não sabia que você era esse tipo de pessoa. Que nojo.” Ela iria se exaltar e desabar. Atipicamente, eu não seria capaz de manifestar força e Marika continuaria me insultando com palavras.
Nunca que ela me tocaria nesse estado. Você é horrível, seu olhar forte me diria. Minha posição habitual ficaria completamente invertida e eu ficaria à mercê de seus desejos. Mesmo que eu olhasse para ela com olhos lacrimejantes, Marika nunca me perdoaria.
Impossível, impossível, eu pensava enquanto enfiava meus dedos bem fundo, arqueando meu corpo.
“Marika… Marika…”
A Marika da minha ilusão me deixa completamente nua e humilha meu corpo exaustivamente. Eu suplico desesperadamente por perdão, pela minha cobiça deturpada e doentia, sendo agredida pela mulher que amo.
“Não, não faça isso, Marika… Não, não…”
Minha voz se torna mais desesperada à medida que meus dedos se movem mais intensamente.
E então.
“────”
“Goze!” Marika ordenou friamente.
Minha mente embranqueceu.
Tudo que restou foi uma respiração pesada. E, embora eu estivesse terrivelmente calma, meus pensamentos estavam turvos.
Gradativamente, meus sentidos, que estavam flutuando à esmo, me trouxeram de volta à realidade.
Eu soltei o travesseiro de Marika, o qual estava abraçando fortemente.
E murmurei.
“…De vez em quando, esse tipo de coisa não faz mal, eu acho…”
Se eu realmente fosse xingada por Marika, tenho certeza de que me sentiria envergonhada e impotente…
Eu continuei deitada na cama de Marika por um tempo.
Uma mensagem chegou no meu celular. Parecia que o meio-expediente de Marika havia terminado. Recordando-me do meu dever como guarda-costas, eu me levanto.
“Me pergunto que tipo de cara ela faria se eu dissesse que estava na cama dela sozinha…”
Eu imaginei um pequeno abuso e balancei minha cabeça, dizendo não. Mesmo que eu dissesse a ela, a verdadeira Marika não me criticaria. No máximo, ela recuaria, chocada.
Porém… o rosto irritado de Marika também é atraente, o que a torna perigosa.
*
Fui buscar Marika na estação e então jantamos juntas.
Depois, o problema emergiu.
Após a visita da tia de Marika, meu coração se tornou ainda mais inflexível. No entanto, Marika não pareceu gostar disso.
Ela começou a me seduzir mais diretamente.
Apesar de eu ter tomado uma decisão muito determinada, a mesma foi anulada em um piscar de olhos.
Era inevitável.
Com lágrimas nos olhos, Marika disse, “Me ataque logo!” Quem seria capaz de recusar a pessoa que mais ama?
Apesar da minha persistência, não pude superar Marika.
Soltando um pequeno suspiro, peguei a mão de Marika e a levei comigo até seu quarto.
“Hã? O quê?”
Eu balancei a cabeça para Marika, que ainda estava me olhando angustiadamente, me perguntando se seria capaz de me conter.
“Não.”
Afinal.
Eu acabei de aprender que não importa o quanto eu insista, Marika é insuperável.
“De fato, minha princesa mimada é muito fofa.”
“D-de onde veio isso…? A culpa é sua por decidir tudo sozinha, Aya…”
“Então quer decidir por mim?”
Ao acariciar seu bumbum, ela pulou com um “Hya!”
“Muu…”
Marika inflou as bochechas com uma expressão complicada, apesar de irritada com o susto, talvez tenha ficado feliz por eu ter feito essa travessura repentina.
“…Mas, obrigada, Aya.”
Eu soltei um suspiro ainda maior.
“Que foi!?”
“Marika…”
Após uma breve pausa, eu procurei as palavras que mais iriam abalar Marika. Aproximei meus lábios de seu ouvido e sussurrei.
“Francamente, sua safadinha.”
“!”
O rosto de Marika fica vermelho vivo e ela grita.
“O que eu posso fazer!?”
Eu que o diga.
Eu estava consciente da culpa por ter despertado o lado súcubo natural de Marika, mas neste momento eu não podia mais esperar e fortemente puxei-a pela mão.
No mínimo, meu remorso e amargura por forçadamente segurar meus desejos seriam completamente apagados com seu corpo.
“Quem me tornou assim foi você, Aya…”
“Tem razão, minha Princesa.”
Eu abri a porta para o quarto de Marika.
Com a minha derrota, uma nova semana recheada de amor e prazer para as duas garotas estava prestes a recomeçar.

Seção Bônus
Mangá Bônus do Volume 3:




Mangá Bônus dos Volumes 2 e 3 da Edição “Mikami Teren”:




Ilustrações de Capa Originais dos Volumes 1, 2 e 3:



Ilustrações de Capa Alternativas dos Volumes 1, 2 e 3:



Ilustração Bônus:
