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Tradução: Gabrielfsn | Revisão: Gabrielfsn
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Capítulo 1: A Estratégia Inicial de Kaede Kamieda
Kaede Kamieda, 17 anos. Uma estudante de segundo ano do ensino médio. Desde mais nova, ela foi instruída a arte de aliciar homens, sendo uma especialista em sedução. No entanto, devido à época, ela ainda não teve a chance de colocar isso em prática, nenhuma vez sequer. A própria Kaede tinha um vago pressentimento de que se tornaria adulta mantendo essa realidade. Ela era cuidada, a qualquer custo, de uma maneira superprotetora pelos membros da gangue e obviamente, sua mãe.
Embora ela fosse a sucessora da linhagem de sua mãe, ela era tratada como uma criança que não pode encostar em uma tesoura por ser perigoso. Seu papel e sua educação eram contraditórios ao ponto de ser um espetáculo. Em função disso, após estar ciente das questões atuais, ela encarou a situação como algo inesperado. Quando sua mãe se curvou para ela dizendo, ‘A grande disputa final está em suas mãos.’, ela decidiu. Ela não se importa com o que aconteça ao seu corpo. Pelo bem das pessoas que a amam e a criaram, ela daria tudo de si. Contudo…
“Uma mulher, haa…”
É o último dia de provas. Kaede sussurrou essas palavras dentro do carro que veio buscá-la. Seu resultado nos testes foi excelente. Desde o começo, a Kaede seriamente zelosa por estudo captou o cerne dos exames deste período. Em seus dez anos acadêmicos, ela nunca cometeu um deslize nesse aspecto.
Porém, de agora em diante ela precisa ser séria. Afinal, o plano para fazer Mayu Asakawa se apaixonar por ela ainda está incompleto. Ela tentou ler diversos tipos de livros de instruções como “Faça uma garota se apaixonar por você”, mas ela não conseguiu aplicar os conteúdos sendo ela mesma uma mulher. Simplesmente não faziam sentido.
“ーQuando se trata de mulheres, se você der um tapinha em suas bochechas com um maço de dinheiro, elas imediatamente dirão o que você quer ouvir!” “ーObviamente, são os músculos… Músculos! Se você for bombado, elas virão correndo!” “ーO cheiro de perigo… Consegue sentir? Aquele aroma… irresistível.”
…São opiniões tão preconceituosas que dificilmente seriam úteis.
“Relaxa~ Vai dar tudo certo!”
Enquanto Kaede observava pela janela fazendo um rosto conturbado, uma voz positiva ecoa. A voz veio da pessoa no volante, Sumire Shinjou, uma integrante da Kamieda-gumi. Ela está vestindo um traje que lembra aquelas que funcionários novatos usam. Ela é uma mulher elegante que prende seu cabelo escuro formando um rabo de cavalo. O rosto inocente de Sumire a faz até parecer uma estudante universitária. Ela foi ordenada pela mãe de Kaede para atendê-la de várias formas.
Para Kaede, ela é semelhante a uma irmã mais velha, uma irmãzinha, e um bichinho de estimação.
“Porque eu te adoro, madame!”
Sumire faz um sorriso simpático pelo retrovisor. É de uma simplicidade que lembra pombos se reunindo para comer migalhas, mas essa pura benevolência a deixa contente, então Kaede sorriu como agradecimento.
“O que você gosta em mim, Sumire-san?”
“Eeh? Assim você me deixa tímida.”
Sumire, igual a um pai sendo elogiado pela filha, faz um sorriso largo.
“A madame é amável, gentil e sempre faz o seu melhor, a garota ideal… ~~~A madame não tem nada além de pontos positivos. Realmente, a senhorita parece uma flor desabrochando em um mundo cruel!”
Ela foi bastante unilateral. Kaede se inclina para frente, e pela abertura entre os bancos, aproxima seu rosto ao lado de Sumire.
“Então, que tal… você namorar comigo?”
Olhando de relance, Sumire vê o ângulo perfeito. A voz meiga com uma pronúncia suprimida, sussurrada com lábios sutilmente abertos. Uma pressão esmagadora surge. É uma tentação de apelo extremamente forte.
“Eh… Não, isso, isso seria…!”
De frente com um convite que parecia ser sério, o rosto de Sumire fica pálido num instante. Ela engoliu seco.
“Se isso chegasse à líder da gangue, meu funeral seria bem mais cedo do que deveria… Afinal, existem rumores de que qualquer homem que se aproxime da madame é eliminado pelas sombras…”
“Hmm~… Então você prefere satisfazer minha mãe ao invés de mim.”
“Estou contra a parede!”
Sua última resistência durou apenas alguns minutos. Em frente a uma oponente que é meramente uma estudante de ensino médio, a integrante de uma gangue do submundo enxugou seu suor gotejante.
“Q-quando me perguntou, eu não sabia que a senhorita estava falando sério e fiquei nervosa. O que acha de nós duas fugirmos para uma ilha ao sul…?”
E dessa forma, a conversa fez uma curva acentuada, parecendo que estavam prestes a afundar o carro em um porto qualquer e fugir.
“Me desculpe, eu estava brincando.”
“Haah……”
Apenas olhando para o estado de Sumire, parece que as técnicas intencionadas para homens não são totalmente inefetivas. Enquanto Kaede pensava nisso, Sumira suspira aliviada.
“Eu fiquei pensando se deveria entrar em contato com um traficante conhecido meu…”
“Mas eu realmente gosto desse seu lado fofo, Sumire-san.”
“Minha madame é uma femme fatale!”
“Obrigada.”
Considerando isso um elogio, Kaede aceita abertamente. Ela senta-se novamente no banco de trás. Dessa vez, diferente de há poucos instantes, ela fala com uma voz condizente com sua idade.
“Mesmo assim, um emprego de meio expediente? Estou ansiosa por isso.”
A educação de sua mãe é rígida, então sem uma chance como essa, ela não teria a oportunidade de trabalhar em seus anos escolares.
“Embora eu seja suspeita a falar, sendo aquela que vive seguindo ordens da sua mãe, mas eu imagino como deve ser difícil para a madame ter uma vida cheia de restrições.”
O trabalho da Sumire inclui supervisionar a Kaede. Ela com certeza deve estar pensando nisso com pesar.
“Estou feliz de poder fazer algo que uma garota normal faz, finalmente.”
“Normal… né?”
“Depois das aulas, eu nunca faço coisas como sair para comer com minhas amigas ou passear. Trabalhar por meio expediente também é algo muito comum.”
“Ah, bem, tem razão.”
Certamente esse “normal” o qual Kaede se refere não é num mau sentido. Criada em um ambiente peculiar, Kaede anseia por coisas normais e comuns.
“No meu caso, eu anseio pela minha madame, que sempre brilha de um modo especial.”
Kaede apenas sorri levemente com o comentário de Sumire.
Naturalmente, seu destino era o endereço desse emprego de meio expediente, e ela não estava indo lá para se divertir. Neste momento, o lugar para onde o carro está se dirigindo é o local de trabalho do alvo, Mayu Asakawa. O primeiro passo é tornar-se sua colega, e posteriormente e gradualmente aprofundar seus laços.
Hoje, ela estava indo atender à entrevista de emprego com esse propósito. Porém…
“Só que, er, eu sei mais do que ninguém sobre as qualidades da madame, mas…”
“Sim?”
“A senhorita vai realmente para a entrevista com essa aparência?”
O fato da Sumire estar preocupada em apontar isso não é descabido. A aparência de Kaede no momento é comum, por assim dizer. Ela trocou seu uniforme escolar por algo menos característico e monótono. Isso ainda é dificilmente aceitável, mas ela também está de óculos, encolhida em seu assento, parecendo um gato doente sendo levado para uma clínica veterinária.
Sua beleza deslumbrante, semelhante à da sua mãe, sumiu sem deixar rastros, em vez disso, ela passa a impressão de ser uma pessoa introvertida que responde os outros baseada em suas expressões. Esta é a aparência a qual ela se encontra.
“Estou estranha?”
“Não, jamais. A senhorita sempre está belíssima, mas…!”
Kaede entendeu o que Sumire quis dizer. A primeira impressão é a que fica. Esse é um dos pontos principais abordados em qualquer tipo de ensinamento sobre romance e sedução, algo que ela já nem aguenta mais ouvir alguém destacar. E mesmo assim, por que ela intencionalmente se arrumou de forma tão pouco atraente?
Kaede cruzou suas longas pernas, colocou sua mão em sua bochecha e fez um sorriso que faria qualquer um se arrepiar.
“Porque minha intenção é vencer.”
“Er… Me desculpe, mas, se este é mesmo o caso, sua aparência de sempre não seria melhor?”
Enquanto Sumire estava confusa, Kaede não disse mais nada. Pelo bem da minha família, pelo bem da gangue. Certamente, isso não era mentira. Porém, os motivos de Kaede não param por aí. Há um oponente nessa disputa. Seu nome é Karin Kuriyama. Para Kaede, ela é a pior—sua oponente predestinada.
*
Agora é a hora do dia o qual ela cumprirá a ordem de sua mãe e dará início à competição de armadilha de mel. De repente, Kaede recebe uma chamada do seu celular. É um número não registrado. Assim como em um ambiente familiar, Kaede, que frequentemente recebe ligações sem aviso prévio, atende a chamada sem muita atenção.
“Alô?”
“Kaede.”
É uma voz feminina. Ela sente como se seu coração tivesse sido apunhalado. Apesar de ser a primeira vez que ela escuta essa voz em anos, ela imediatamente soube de quem era. A sensação de crise iminente a pressiona como um passarinho espantado por predadores que nunca viu.
“…….Karin?”
“Francamente, fala sério. O alvo é uma garota. O que vamos fazer nessa situação? O passado dela também parece o de uma pessoa comum, não acha? Bom, não que eu ache que será difícil. Qualquer coisa para mim é moleza.”
“O quê?”
Isso era previsível. Por ser uma partida, não é inesperado ter contato com o outro lado. Entretanto, Kaede inconscientemente apagou essa possibilidade de sua mente. Talvez porque ela quisesse esquecer a Karin por pelo menos mais um segundo.
“…Você me ligou só para dizer isso?”
“Eh~? Você também não acha um saco, Kaede?”
“Eu só estou fazendo o meu melhor pelo bem de todos.”
“Fu~n, tão~ séria~. Mas o que eu quero mesmo ver é o seu coração e corpo em pedacinhos~”
Kaede sente seu coração apertar. O cenário ao redor perde sua cor e apenas a voz do outro lado do telefone parece real. Karin ainda a despreza.
“Se tudo que você tem a dizer são reclamações fúteis, está enganada se pensa que eu lhe darei ouvidos.”
“Aham, sei, sei.”
Karin simplesmente continua sem dar atenção a o que está sendo dito à ela.
“Eu só aproveitei para falar o que acho dessa tralha toda, mas liguei para dizer que o evento da minha escola vai precisar de mais ajuda dessa vez. Então, talvez eu demore um tempo para entrar nessa competição, já que me pediram para fazer um monte de coisas. Enquanto isso, fique a vontade para ter a liderança.”
“…O que disse?”
Kaede sente arrepios vindos de uma raiva excessiva.
“Esse é o seu dever. E mesmo assim, prefere ficar de gracinha?”
“Bom, se acha que estou pegando leve com você, por mim tudo bem~. Mas, quando se trata de mulheres, então você tem a vantagem, não é, Kaede?”
Por um segundo, Kaede não entendeu aquela afirmação. Uma luz vermelha brilha em seus olhos.
“Isso é— Para começo de conversa, foi você que—”
“Ahaha, ficou bravinha, ficou bravinha.”
Mesmo sabendo que é inútil resmungar, Kaede não consegue suprimir suas emoções. Apenas essa garota, Karin Kuriyama, reduz seu nível de controle a zero.
“Bom, tudo que eu preciso fazer depois é proclamar minha vitória e criar uma pressão para tomar a liderança. Particularmente, não me importo em ganhar ou perder, mas perder para a Kaede, faria você ter um conceito errado sobre mim, não acha? Talvez você pense que é ‘superior’ à mim. Isso seria patético.”
“Eu com certeza não vou perder para alguém como você.”
Karin riu com um tom de voz que fez Kaede se sentir enojada e desligar. Kaede não se move. Ela apenas decidiu que não ficará apenas nas palavras, mas que entregará o desfecho. Ela esmagaria Karin com uma diferença avassaladora. Dito isso…
*
Kaede foi deixada nas proximidades de seu futuro trabalho por Sumire, e agora está à espera de seu alvo na beira da estrada. Ela respira fundo. Sempre que ela se recorda da conversa que teve com Karin, seu rosto fica sombrio.
(Isso não é bom. Preciso me concentrar.)
Ela também tem autoconsciência de que está nervosa por ser sua primeira missão. Apesar disso, para manter suas emoções sob controle, ela raciocina consigo mesma.
(Está tudo bem. Eu sou uma profissional. Embora seja minha primeira missão, o fato de que sou uma especialista não muda.)
Ela escutou de sua mãe incontáveis vezes, que enfrentar um amador que apenas treinou seu corpo, seria uma vitória garantida. Kaede re-examinou as informações do alvo. Mayu Asakawa. Sua família é composta por uma mãe e um pai, ambos funcionários públicos. O conteúdo escrito no documento só chegava até esse ponto. Posteriormente, parece que ela terá que entrar em contato e continuar investigando.
(…Eu a derrotarei sem misericórdia, mãe.)
Respirando fundo uma última vez, Kaede se prepara. Ela viveu em um ambiente atípico por muito, muito tempo. No entanto, se ela puser um fim nisso, não precisará mais se preocupar com aquela bruxa chamada Karin Kuriyama. Ela quer assegurar sua vida normal. Portanto, ela deve ao menos terminar isso com uma vitória.
E então, uma garota por acaso passa perto dela. Agora, começou.
Com seu celular em uma das mãos, aberto em um aplicativo de mapa, e um envelope contendo seu currículo na outra, Kaede chama a garota.
“Oi, com licença.”
“Eh… Ah, pois não?”
Tendo sido chamada tão repentinamente, a garota arregalou seus olhos surpresa. Ela é o alvo, Mayu Asakawa. Olhando mais de perto, ela parece ter muito mais amabilidade do que nas fotos, com adoráveis feições faciais. Sua altura é menor que a de Kaede, mas por conta de sua coluna reta, ela transmite uma sensação de presença maior do que aparenta.
Para não causar desconfiança, Kaede a chama com uma postura bastante aflita.
“Eu gostaria de ir a um café chamado Ambrosia nesta região, mas… Por acaso sabe onde fica?”
“Ah, sim, sim~”
A garota acena três vezes no total. Suas expressões de reação se assemelham às de uma criança. Ela provavelmente é popular com crianças, Kaede pensou. A garota apontou para um edifício próximo de um modo desengonçado.
“Fica logo ali, mas certamente é difícil de ver! Se não se importar, eu posso guiá-la!”
A voz firme e bem projetada da garota parece ser de uma pessoa com experiência em treinar a voz.
“Mas, não seria muito incômodo?”
“Tudo bem! Além do mais, olha que surpresa… eu trabalho lá!”
Após uma pausa extensa causando um silêncio constrangedor, a garota enche o peito e ri. Kaede também sorriu.
“Então, eu aceito sua oferta.”
“Ótimo!”
A garota sorriu de um modo que se fosse emoldurado e vendido como uma obra de arte, não duraria um segundo na prateleira. Sua atitude foi um pouco descuidada, considerando que está se dispondo a ajudar uma completa estranha a achar o caminho. Ela é uma garota que não apenas passa a impressão de possuir um bom caráter, mas também faz os outros sentirem uma sensação estranha de insegurança.
Kaede observa a garota enquanto anda ao seu lado.
“Então, moça, você é uma maid, não é? O que acha do seu trabalho? É divertido?”
“Hmm, diria que é mais ou menos, eu acho? Bom, eu geralmente acho isso de quase tudo.”
“Acontece que eu…”
Kaede sussurra, como se estivesse revelando um segredo para a ingênua garota sorridente.
“…Estou indo para uma entrevista de emprego hoje. Se eu passar, seremos colegas de trabalho.”
Os olhos da garota brilham como uma ☆.
“Eeh, é mesmo? Sendo assim, estou torcendo por você!”
É um apoio verdadeiro, mesmo que seja para uma estranha. Uma fabulosa aura de boa pessoa pode ser sentida.
“Então… Tem algo que eu preciso tomar cuidado?”
“A gerente da loja é gentil, então acho que se você apenas fizer tudo normalmente, ficará bem! Mas seria bom você estufar um pouco o peito e endireitar sua postura! Além disso, sorrir também é muito importante nesse trabalho!”
A garota sorri cheia de espírito para Kaede, que a escuta como uma garotinha obediente. Imitando a garota, Kaede tenta levantar o canto de sua boca.
“Tipo assim?”
“Ah, bem assim, uma fofura!”
A garota levanta seu polegar como um selo de aprovação.
“Muito obrigada. Ah, como já estou tomando seu tempo, poderia me dizer o seu nome?”
“Me chamo Mayu Asakawa. Na loja eu sou a maid Mayu, mesmo se não conseguir a vaga, por favor venha nos visitar como uma cliente! Ah, perdão, isso foi indelicado da minha parte.”
Kaede riu sutilmente, e Mayu sorriu timidamente.
“Bom, até mais. Obrigada por tudo, Mayu-san.”
Elas se separam na frente do edifício. Mayu se dirige à entrada para funcionárias, enquanto Kaede vai para a entrada da loja. Simples assim, um encontro nada especial.
(Aparentemente, ela é apenas uma pessoa normal e gentil.)
Ter que seduzir esse tipo de garota, e roubar seu coração, é um caso surreal, mesmo que ela vagamente considere assim. Múltiplas garotas como ela existem na turma de Kaede. Elas são sempre alegres, agradáveis e rodeadas de amigas. Kaede, que se sente isolada na escola, praticamente não conversa com essas garotas normais.
(Asakawa, Mayu-san. Um belo nome.)
Sua primeira impressão não foi ruim. Ela se debateu diversas vezes sobre formas de provocar um impacto maior, mas no fim, ela decidiu este plano. Ela fará vários dias especiais em meio a uma rotina normal. Se a garota acabar se apaixonando por ela depois disso, então essa ‘extensão’ valerá a pena.
(Embora eu não saiba como proceder com uma garota como parceira… o mesmo vale para a Karin. Eu sou uma profissional, então devo agir com confiança.)
Ela sente uma leve inquietação, mas não há outro caminho além de confiar em si mesma e seguir em frente. É assim que as coisas são.
(Mas nada disso será possível se eu não for contratada para o trabalho. Se eu falhar aqui, já não terei esperança.)
Embora não seja uma loja suspeita, eles não recrutam membros com menos de 18 anos, então Kaede escreveu em seu currículo que tem 19 e é estudante universitária. Sua altura é 1,64m. Dentre a sua geração, ela possui uma postura calma, então dificilmente ela seria entregue por sua aparência. Portanto, apenas manter esse comportamento não causaria problemas, mas Kaede decide ser precavida.
Ela tirou seus óculos sem grau e endireitou sua coluna como Mayu aconselhou. Apenas com isso, o ar que a reveste mal pode ser reconhecido, como uma borboleta em seu estágio final de metamorfose. Seu senso de presença de garota bonita é radiante. A maneira com a qual ela alterou sua aparência parece uma dádiva mágica de contos de fadas. Ela arruma seu cabelo com sua mão, repara sua aparência e adentra a loja. Sua tensão afrouxou há muito tempo. A partir de agora, se trata de uma missão para exibir a melhor imagem possível.
“Bem-vinda à nossa loja, mestra~”
A voz da recepcionista é levemente inflexionada. A linha de visão se concentra dentro da loja, e gradativamente o local a envolve calorosamente. Kaede sente como se toda a atmosfera do mundo tivesse sido alterada naquele momento.
“Eu solicitei uma entrevista de emprego para hoje às 15 horas. Me chamo Kaede Kamieda. A responsável se encontra?”
Sua voz, transbordando confiança e elegância, preenche o interior da loja como os ventos de outono.
Kaede Kamieda, 17 anos. Uma estudante de segundo ano do ensino médio.
Ela foi profundamente ensinada, desde pequena, a arte de aliciar homens, sendo uma especialista em sedução.