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- Capítulo 01 - Uma coincidência/ Um mundo pequeno / Destino
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Tradução: Riza| Revisão: Pandine
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Capítulo 01 – Uma coincidência/ Um mundo pequeno / Destino
Começar o semestre reclamando e ficar entediado nas férias é comum para alunos do ensino médio. ‘Ongsa’ é um deles. Quando se está afogado em pilhas de livros estudando e do nada tem esse tanto de tempo livre durante as férias, é difícil ajustar. Outra coisa que faz Ongsa pensar que estas férias são mais entediantes do que de costume, é porque ela foi rejeitada. Rejeitada não, é mais como se ela tivesse sido forçada a aceitar a verdade. Que é…
… Algumas pessoas são melhores como amigos, não namorados…
Ongsa normalmente era enviada para cursinhos durante as férias escolares e não teria tanto tempo livre para ficar entediada. Mas como são férias antes do primeiro ano, ela está ocupada com muitas coisas.
Os documentos para matrícula.
Cursos preparatórios.
Outros preparativos.
Blá, blá, blá.
Foi por isso que a família dela decidiu não enviá-la para um cursinho durante estas férias. Ongsa estava feliz por não precisar estudar. Bem, ela não fazia ideia que ficar em casa seria tão chato. E ainda é a primeira semana.
“Estou tão entediaaaaaaaaada!!”
Ela está em casa sozinha. Pode gritar o quanto quiser.
“Au, au!”
Na verdade, ela não está sozinha.
“O que foi, Latte?”
“Au, au!!”
“Eu não quis gritar, só estou entediada.”
“Au, au!!”
“Para de resmungar, beleza? Vou te comer.”
Sim. Este é o talento da Ongsa… Ela pode falar com cachorros.
“Uau, a escola da Gam acabou de realizar a cerimônia de formatura? Que tarde.” Ongsa não costuma ser faladeira, mas por algum motivo fala bastante quando está sozinha.
“Ela postou várias fotos no Insta. Daria um álbum.”
Como outros alunos do nono ano, Gam, amiga do ensino fundamental da Ongsa, que frequenta outra escola, postou fotos do dia da formatura em um aplicativo popular, Instagram. Ongsa rola a timeline enquanto reclama (para o cachorro) até esbarrar em uma foto específica.
… Uma foto em grupo…
Parece uma foto normal de um grupo de alunos do ensino fundamental no dia da formatura, mas o que difere esta das outras para Ongsa, é… Em vez de ser uma foto de amigos posando juntos, parece um grupo de pessoas em volta de uma única pessoa. Quando a Ongsa lê a legenda abaixo…
‘Uma foto com a famosinha da nossa geração #animada’
Ongsa assume que a pessoa do centro é popular. A amiga dela provavelmente pediu por uma foto.
“Ela não é fofa, Latte?”
“Au, au!!”
“Né? Também acho. Ah! A Gam a marcou. Vou dar uma olhada.”
“Au, au!!”
“Quê? Só vou olhar. Veja, ela é super fofa.”
Ongsa finalmente tem algo para fazer neste dia tedioso. Stalkear o Instagram de uma estranha.
Terminou com ela seguindo a pessoa…
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“Ongsa, vá buscar a Alpha.”
“Você pode ligar para ela. Por que está me fazendo ir lá?”
“Eu mandei mensagem para ela antes e ela disse que estava ficando sem bateria. Liguei para ela, mas não atendeu. Acho que acabou a bateria dela. Vá buscá-la, assim saberá onde estacionamos.”
“Manda o Latte.” Ongsa tenta negociar.
“Vou dar sua mesada para ele então.”
“Afff, pai. Está bem.” Derrotada, Ongsa sai do carro como o pai ordenou.
A família vai jantar na casa do avô hoje. Ongsa, com seu pai e cachorro, dirigiram até o cursinho para buscar sua irmã antes de irem juntos para a casa do avô.
Ongsa se arrasta até o elevador. Durante as férias escolares, cada fibra do seu corpo é preenchida com preguiça. Por que seu pai não pediu para o Latte? É só para buscar a Alpha. Um cachorro genial como o Latte conseguiria fazer isso.
A sala da Alpha fica no sétimo andar. Ongsa se lembra bem, pois costumava esperar por ela antes de irem para casa juntas. Parando para pensar, vir para o cursinho e não ter que estudar é ótimo. Ela se sente livre.
Ongsa entra no elevador para ir até o sétimo andar buscar a irmã. Quando a porta está fechando, Ongsa avista alguém correndo. Ongsa não está com pressa, então ela abre a porta para aquela pessoa.
“Obrigada.” A garota agradece, ofegante por ter corrido até o elevador.
Ongsa apenas devolve um sorriso, graças a sua falta de habilidade para conversar. Mas quando ela vê a garota com clareza, o mundo para por um momento.
… Essa pessoa…
Quando Ongsa percebe, a porta do elevador abre no quinto andar e a garota sai. Antes de sair, ela se vira para Ongsa e sorri novamente.
… Muito fofa…
Ongsa encara a garota até a porta se fechar. Você já se sentiu assim? Você reconhece uma pessoa porque a vê todos os dias nas redes sociais, sabe todos os seus movimentos, e aprende sobre sua vida como se fosse íntima dela, mas quando a conhece pessoalmente, não consegue cumprimentá-la, mesmo querendo.
Você as conhece… mas elas não conhecem você.
Após aquele dia, Ongsa passou a stalkear mais ainda a garota. Ela vê todas as fotos e lê todas as legendas em busca de mais informações.
O nome dela é Sun.
Elas têm a mesma idade.
Ela gosta de gatos.
E ela é hiper mega fofa ><
É como ser fã de um artista. Quando nos apaixonamos por eles, procuramos por mais informações. Quando descobrimos mais sobre eles, passamos a gostar ainda mais. Quando os conhecemos, queremos vê-los de novo. Ongsa é assim. Ela só não entende o porquê passou a se sentir assim por alguém da sua idade. Ongsa simplesmente acha a Sun fofa. As fotos da Sun a deixam de bom humor, e o encontro delas naquele dia a fez perceber que a Sun pessoalmente é cem vezes mais fofa do que nas fotos. Ongsa até tentou várias vezes ir ao cursinho na esperança de encontrar a Sun novamente, mas elas ainda não se cruzaram. Bem, coincidências não acontecem facilmente…
“Ongsaaaaaa.”
“Ah, Tinh, oi. Chegou cedo.”
“Não vem com oi pra cima de mim. Que merda, você não fez os cursos preparatórios. A maldita da Charoen também não. Ela se escondeu. Vocês duas me abandonarammmm.”
“Foi mal, foi mal. Meus parentes se reuniram para viajar e minha família se juntou a eles de última hora. Quando voltamos, só tinha mais uma semana de férias. Eu não podia ser incomodada. Eu não te mandei mensagem? Por que você foi?”
“Mais fácil falar do que fazer, garota. Onde mais eu estaria? Meu pai me levou direto para o portão da escola. Ele me levaria até a sala, se pudesse. Eu não tinha para onde ir. Você estava se divertindo com sua família enquanto a Chareon basicamente desapareceu. Não sei se ela aproveitou as férias ou morreu. Não consegui entrar em contato com ela. Só temos uns aos outros nesta escola. Com quem mais eu me misturaria, Ongsa, sua idiota? Me respondeeee.”
A curta pergunta dela foi respondida com uma resposta tão longa, que parecia que ele estava contando uma história. O que quer dizer que seu amigo estava esperando há séculos para reclamar.
“Ongsa. Tinh.” Falando no diabo. A última da gangue finalmente chegou.
“Charooooooen, você não está mooooorta?”
“Nossa. Vai se ferrar. Este é seu cumprimento?” Charoen diz para o Tinh.
“Sim, gostou? É especialmente para você. Não consegui entrar em contato durante as férias e você não estava ativa nas redes sociais. Achei que tinha desaparecido.”
“Verdade. Você não respondeu às minhas mensagens.” Ongsa entra na conversa.
“Eu fiz uma peregrinação até a fronteira com meu avô, o monge.”
“Heeeeein?!!!” Os dois amigos questionaram chocados.
“Uma peregrinação?” Ongsa repete para garantir que não ouviu errado.
“Isso.”
“Mas você é uma garota. Por que seu avô te deixou acompanhá-lo?” Tinh pergunta. Eles sabem que o avô da Charoen foi ordenado bem antes dela nascer e ele é um monge extremamente rígido. Como ele permitiria que sua neta, Charoen, peregrinasse com ele?
“Na verdade, não fui com meu avô. Fui com meu pai. É o seguinte, minha família não queria que meu avô participasse da peregrinação por causa da idade avançada, mas ele insistiu, então meu pai o acompanhou para ficar de olho nele de longe.”
“E você seguiu seu pai?” Tinh pergunta.
“Sim.”
“E ele permitiu?” Ongsa pergunta.
“Não. Eu o segui escondida e fui pega quando estávamos na floresta. Ele não conseguiu me fazer voltar porque eu não sabia o caminho. E ele não podia me acompanhar, porque estava preocupado com o vovô.”
“Sério?!!” Onsha e Tinh falam mais uma vez ao mesmo tempo.
“Não. Menti sobre a peregrinação do meu avô desde o começo. Estão malucos? Meu avô tem setenta anos. Quem o deixaria peregrinar? E meu pai trabalha. Ele não poderia acompanhar o meu avô. Além do mais, se eu tivesse seguido meu pai na floresta como disse, ele teria me matado lá mesmo. É tão fácil enganar vocês. Hahaha.”
“Sua otáriaaaaaaaaaa!!Você estava super séria, então acreditamos. Sou uma pessoa inocente. Por que ainda ando com você, Charoen?”
“Então, por onde esteve? Nos diga a verdade desta vez.” Ongsa pergunta a amiga de novo.
“Pratiquei darma com minha avó.”
“É verdade?”
“Sim, Tinh. Fiquei no templo na floresta por um mês. Celulares eram proibidos. Foi por isso que não contatei vocês.”
“Ah.” Os dois amigos finalmente entenderam.
“Por que você abotoou sua gola?” Tinh pergunta após observar o uniforme da amiga.
“É um estilo novo.”
“Uggggh!!”
Ongsa, Tinh e Charoen são considerados estranhos pelos outros estudantes. Eles, como resultado, são próximos desde o fundamental e até estão na mesma turma no primeiro ano. Não se sabe se é uma benção do céu ou uma maldição do inferno.
Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!
O sino toca para a reunião matinal após a conversa deles. Os três deixam as mochilas no banco e se dirigem para a reunião como de costume. Enquanto caminham, os olhos de Ongsa param em um rosto familiar. Alguém que ela jamais imaginaria ver aqui e muito menos naquele momento.
A dona da conta do Instagram que a Ongsa stalkeou durante as férias inteira. .
… Sun…
… De uniforme…
… Na mesma escola que ela…
“Quê?!!”
… Coincidências raramente acontecem…
… Mas não é tão raro como pensa…
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